quinta-feira, 24 de julho de 2008

Amebíase (Primeira Parte)

Esse blog tirou licença. Doença. Amebíase. Mal aí. O Mortos? agradecem a população que praticamente dobrou de tamanho algumas semanas atrás e continuou nos visitando apesar do silêncio.

Nossa querida população deve estar perguntando: "Cadê os Mortos?, pôrra! Cadê?"

Bom, a gente tá se preparando pro segundo semestre, gente. Surpresas. E surpresas são surpresas. Só isso por enquanto. Hua-hua-hua.

Sabe o quê? Os M? tentaram fazer alguns shows recentemente, mas não deu certo. Estávamos com o foco no buraco errado. Bom, como vocês já sabem, Conde e eu temos mantido a banda viva desde que mudei pra São Paulo. Não é fácil manter uma banda viva, sabia, população? Verdade. Mas como os Mortos? se tratam de uma banda única na história da Música Popular Brasileira eu a defendo com unhadas, mordidas e porradas. E agora o Conde também comprou a briga, com suas frases de guitarra atemporais e vocais cavernosos. Os Mortos? não podiam desanimar, embora o desânimo estivesse nos assombrando. Os Mortos? não podiam morrer.

Houve uma época, do meio de 2003 a 2005 (após uma fase intensa de aparições, shows e confusões ao lado de Conde e Cadu, culminando em um inesperado convite para nos apresentar no Sarau do Charles, na Vila Madalena) em que Mortos? existiu só comigo. Mortos?Solo, batizei o projeto. Ou o infortúnio. Continuei a compôr (você acha que minhas neuroses iriam parar onde, pôrra?), geralmente de madrugada, às vezes até durante o dia... e tocava em festas de aniversários de amigos, pra minha família, em talent shows, e muitas vezes na praça, perto de velhinhos e outras pessoas alienadas.

Era chato não ter com quem compartilhar as canções e bolar arranjos malucos, mas insuportável mesmo era parar de tocar, parar de botar a boca no mundo - e ficar longe de você, população. Não consegui... e você até que cantava comigo. Ria comigo. Ficava triste comigo. Dançava comigo. Nas praças, nos aniversários, nas bebedeiras, nos shows de talento em pequenos bares do interior... Sabe o que passava na minha cabeça? Nada. Eu só continuava a tocar. Por tesão. Pelo Rock´n´Roll. Não tinha planos nem expectativas. Nem parceiros. Mas foda-se, ué.

Nessa época, eu nunca imaginava que 4 anos depois estaria entrando num estúdio em São Paulo às 23:00 de uma terça-feira fria com meu parceiro e brother Conde acompanhados de um criador de peixes carnívoros, baterista e futuro gerente de uma loja de música na Teodoro Sampaio - Marião.

Mas peraí. Rewind. Zighrzzz. Ok.

Me lembro que em 2005 toquei com Cadu algumas vezes, que estava sumido desde 2003. Bom, foram bons tempos. Nos divertíamos, tocávamos em saídas de colégio e cursinhos. Invadíamos bares e conseguíamos canjas nos intervalos dos músicos-imitadores-de-outros-artistas. Éramos expulsos. Como a gente ria. Mas logo Cadu sumiu de novo.

E assim que Cadu sumiu, apareceu Bruno Buzatto. Com Buzatto, tudo aconteceu ao contrário. Mas aconteceu e aconteceu bem: "Primeiro a gente gravou um CD, depois ensaiou."

(Continua)

3 comentários:

Maria Paula . disse...

saudades dos mortos?!

M .dust disse...

que diabos...
onde vcs se meteram?
será que teremos que ir a um centro espírita?

saudades
a população está voltando a dormir
MORTOS DESPERTEM!!!

Maria Paula . disse...

mortos!? vcs morreram?