quinta-feira, 27 de março de 2008

Ashtar Sheran, Fogueiras e Outros Combustíveis




Na hora (pra Marininha, na penumbra, às 2 da manhã dessa sexta)

Bem na hora em que eu ia me jogar nessa lagoa suja de vez
Bem na hora em que eu ia mergulhar de cabeça bem na frente do busão
Bem na hora em que eu ia ser pra sempre um velho doente
Bem na hora em que eu ia me auto-medicar
50 comprimidos pra minha dor passar...

Amiga
Você apareceu na hora

Bem na hora eu que eu ia esmurrar a parede e judiar do meu cão
Bem na hora em que eu ia trocar o meu amor por mais um litro de cachaça
Bem na hora em que eu ia virar psicopata e matar os meus pais a pauladas
Bem na hora em que eu ia trair o meu país
Vender meu coração

Amigo
Você apareceu na hora

Quando escrevi esta canção pensava naqueles momentos em que percebemos que...fodeu. Lembrei de amigos e conhecidos que, em situações desse tipo, se auto-condenaram ou à morte (alguns conseguindo outros não), ou a serem vítimas pra sempre, ou que descarregavam toda a sua raiva perante à vida nos outros, ou que bebiam e se drogavam tanto que ficavam insuportáveis. Lembrei também da Suzanne Richthonfen. Dos nossos políticos.

Lembrei-me dos meus próprios momentos em que...bom...

É.

Lembra dos seus?

E é incrível como os amigos aparecem em momentos como esses, às vezes até na última hora. Quando achamos que...bem...que fodeu, digamos.

Os amigos de verdade. Aqueles que aparecem de repente. Na hora.

Shazam.

Cadê vocês?

Cá estou eu. Sim! Cá estou eu!

Morando sozinha em São Paulo, estudante de Direito no 4º ano - "quase uma advogada!"- estagiária no jurídico de uma das maiores empresas de comunicação da América Latina e...
e... o que?
e nada!

Nada de me comunicar... Nada de ser advogada... E nada parecido com o que essa panca toda pode passar...

Eis que surge um, como tantos outros antes deste, e-mail de uma pessoa distante, que ainda tá lá dentro de mim, nadando em tudo aquilo que, às vezes, eu ainda me pergunto se ainda tenho; um e-mail que eu não posso responder, porque o grupo de e-mails assim decidiu – vai entender ; um e-mail, como tantos outros, que eu acho que eu não devo responder, porque não é para mim. Tudo faz tanto tempo, tudo tá tão longe, será que ainda lembram de mim assim? Será que eu ainda lembro de mim assim??

No e-mail tinha um link, como tantas outras vezes eu vi o link. São dez da manhã na empresa - nossa, faz tanto tempo que eu não entro nesse blog!.

Brainstorm: imagens, cheiros, lembranças, idéias, sonhos, decepções, Ash Tar Sheran, fotos, fogueiras, picadas, vento.

Não! Eu nunca li esse blog!

Voltei no primeiro post. Li todos. Alguns, novamente. Outros pela primeira vez. Todos, com uma ânsia, uma “esperança última que morre” de preencher aquele vazio chato que insiste em morar em mim. Os Mortos? estão sempre em todos os lugares. Muitos dos lugares que eu deveria estar. E, mesmo assim, me parecem escapar por entre os dedos. Se eles se materializam quando você menos espera, parece que a linha imaginária se transforma numa parede, se você espera demais.

Mas porque esperar?

Vocês já leram seu próprio blog assim, inteirinho, de uma vez só, num dia só? Bom, eu li. E ele causa um efeito colateral impulsivo, quase que como uma convulsão, que vocês não advertiram. Parece aquela vontade incontrolável de vomitar ao ver um copo de tequila quando se tem ressaca, aquela vontade de gritar ao bater a ponta do cotovelo na quina da mesinha – pra que serve aquela mesinha? – com o vaso de flores. Preciso de uma das injeções mágicas do Carlão? De leite de cabra?

Não. Preciso falar. Me mexer. Abraçar apertado, morder e rir muito, mas muito mesmo.

Lembrei de um dia na casa antiga do Conde. Sem luz, sem sofá... só vela, Mortos? violão e alguns combustíveis, porque sem eles, ninguém funciona. Meu, como foi divertido. Lembrei do “Moth Man – Homem Mariposa” – o qual, by the way, não aparece no blog. Lembrei de tanta, mas tanta coisa! Senti tanta, tanta coisa.

Então, nesse espírito de pra-que-esperar-depende-de-mim-preciso-falar-expressar-gritar-sussurar-contar-opinar, resolvi dizer que sinto muita falta de todos vocês! Que me emocionei muito com o re-econtro da formação original. Que me diverti muito com todas as trocas, substituições e aquisições de todas as formações seguintes! Que me orgulho orgulhosamente muito de dizer que, sim, eu conhecia eles bem no comecinho, e era igualzinho. Essa sede por verdade, liberdade, originalidade, besteridade... iNgualzinho!!

Bom, então é isso! Queria que vocês soubessem...!

E se vocês não lêem comentários?

Linda.

You rock, Marininha.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A Sangrenta Batalha Contra o Crítico Interno - Episódio I

Vento brando. Enormes copas verdes pra trás, pra frente. Movimento. Vegetação ondulante. Vaquinhas comendo lá longe. Solzinho gostoso. Rio brilhante.

Essa é a Fazenda São João. Destino de muitas de minhas fugas do frenesi capitalista. Fortaleza. Acolhimento. Proteção. Alívio. Árvores gigantescas com folhinhas sensíveis a sopros suaves da tarde.

Vejo uma trilha que nunca havia notado. A vida tem dessas coisas. Coisas que nunca notamos.

O chão, de terra pisada e úmida, era gelado em meus pés. Frescor. Mais alívio. Plantas menores passavam por mim, ao ritmo de meus passos, despreocupados então. Hah. Na minha imaginação sou criador, posso tudo, até isso: andar despreocupado. Surgiu então uma pequena clareira. Grama de cor diferente. Verde mais diluído.

Hesitei levemente. Lembrei-me por que estava ali. Deveria confrontar meu Crítico Interno. Descobrir o seu nome. Face Vader you must, Luke.

De repente, sem vento. Árvores imóveis. E só então percebi que havia pássaros cantando o tempo todo, porque naquele exato segundo fez-se silêncio absoluto. Então pude ver, por entre galhos e folhas secas, algo como uma figura disforme materializando e desmaterializando-se alternadamente. Tinha muitos rostos, mas não se discernia nenhum em particular. Muitas vozes, também. Medo. Hah. Tsc. Isso é apenas um exercício de visualização criativa. Não dói não, né...?

Lembrei-me da Reagan, de "O Exorcista". Credo. Noooites sem dormir. E hoje, será que não vou dormir de novo? Sossega, cara. Acordei às 4:00 da manhã, pôrra.

Ok, vamos lá.
Qual o seu nome, ó terrível Crítico Interno?

A TIIIAAA REGIIIIIINAAAAAA DA PRIMEIIIIIRAAAA SÉÉÉÉRIEEEEEE, grunhiu uma voz de trovão.

O NIIIIILTOOOON PAAAAAAAIahhh, ameaçou-me outra, gutural, ao mesmo tempo.

O BIIIICHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO, satanizou em um berro apocalíptico simultâneo uma outra cabeça sem rosto.

-- Ah, você. Falaí, Bicho, que que tá pegano?
-- FAAAAAALAAAA

Ele me lembrava do demônio da Tasmânia, aquele do Pernalonga, com uns tornadinhos à sua volta.

-- Então, mano. Tô te dano férias.
-- FÉÉÉÉÉRIAAAAAAASSSSS? COMOOOO ASSIIIIIIIM? MAS REMUNERAAAAAADAAAS?
-- Cara, toma aqui, vai pra Bahia, seu Fídivó. Passagem só de ida. Pega aqui tamém o dinheiro pra cachacinha. Eu te mando um email assim que precisar de algum tipo de senso crítico. Mas já te adianto que vai ser só trampo light. Light, ok?
-- NAAAAAAAAAASSSSSAA, FUUUUUIIIIIII, VÉÉÉÉÉÉÍOOOOOOOOOOOO. AAAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGGGHHHH BLAAAAAAAAAAHHHHH BLUHHHHBLEBLEBLOHHHhhhhhhhhhhhhhhh...

blob
blob
blob
.
.
.

A M?C diz: CÓ

Aproveitem o galinho, população. Ele tem efeitos colaterais anti-depressivos. E logo vai pra panela, pois adotaremos um layout que nem existe ainda. Encontra-se no momento em criação pela M?C (Fashion Department).

Com carinho,

Mortos?WaterhouseCorporation

segunda-feira, 24 de março de 2008

Mortos? vs. Jacko (Parte 1)

Michael diz:

"Music and Me"

We've been together for such a long time now
Music, Music and me
Don't care whether all our songs rhyme
Now music, music and me

Only know wherever I go
We're as close as two friends can be
There have been others
But never two lovers
Like Music, Music and me

Para a tradução das letras, consulte: http://letras.terra.com.br/michael-jackson/118992/ , porque pôrra, não tô a fim de ficar traduzindo não.

A Mortos?WaterhouseCorporation diz:

PS - É praticamente uma covardia atacar Mr. Jacko hoje em dia. Mas a gente dá uma canjinha, vai:

Jacko usava codinomes quando xavecava amiguinhos em suas canções. Em "Music and Me", particularmente, referia-se ao seu petisco como "Music". Por exemplo, se Jacko estivesse a fim de comer algum moleque, gostava de impressionar o garoto com:There have been others/But never two lovers/Like Music, Music and me.

Quando a coisa ficava mais séria, Jacko entoava em pianíssimo: We've been together for such a long time now/Music, Music and me.

E quando ainda não tinha catado, Jacko xavecava pagando uma de best friend: Only know wherever I go/We're as close as two friends can be/Now music, music and me.

Jacko.

Seu negão safado.

Mortos e O TERRÍVEL DEUS DO FOGO

Darth Maul atacando os Mortos?
Um adolescente incendiário?
Um vaga-lume em LSD?
Não.
É ele...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Imagine uma Linha Imaginária...

Entre o povo e os Mortos? existe algo. Algo difícil de discenir à luz da noite. Ou na penumbra do dia.

Ontem tocamos para estudantes e funcionários da Esamc, e esse algo era doce. Sinta seu sabor no vídeo do post anterior. Fricção entre performers e platéia. Pele com pele, embora toques tenham sido desnecessários. Sorrisos. Corações pulando como pipocas. "Eu fiquei cantando 'Paranóias' o dia inteiro.", sorriu uma das meninas com quem conversamos após o mórbido show de hoje. Ela foi uma das protagonistas do vídeo de ontem. Pô, devia ter perguntado o seu nome.

Ela e sua melhor amiga são filhas de uma funcionária da Esamc que ficou até quase meia-noite lá com a gente (ontem e hoje também, apesar de ter aparecido só depois do show já ter acabado). "E ela ficou cantando no busão também, cara. Naaasssa.", completou o protagonista da equipe dos meninos. Se pudessem, nossos heróis finados (quem são os heróis finados? Os Mortos?, pô!) tocariam pra essas pessoas todo dia, à meia-noite, na saída do trabalho. Pelos sorrisos. Pelos corações pulando como pipocas. Pela linha inimaginária que não as manteve distantes, e também não impediu que a moradora do prédio do lado da Esamc deixasse sinais de fumaça nos comentários do post passado.

Bom, os Mortos? pulam corda com linhas imaginárias pra chegar mais perto de vocês, trabalhadores, estudantes, gente nova, gente mais antiga, mães, filhos, (pais nem tanto porque pais são consideravelmente ausentes), primos, primas, motoristas, pessoas que não estão se sentindo bem no momento, pessoas que estão dando risada sozinhas no momento, pessoas achadas e perdidas por aí nas ruas, andarilhos, bêbados, caretas, religiosos, ateus, seguranças e até assaltantes, como os 2 de hoje. (Não se preocupem, esses eram apenas aspirantes a bandidos. Os Mortos? olharam feio e eles fugiram). Bú.

Voltando às linhas: nosso melhor momento de hoje foi quando o membro #84984 (Chucky, o Boneco Assassino) pulou a cerca, quer dizer, a linha imaginária entre os Mortos? e o povo e chegou um pouquinho mais perto de vocês. Vocês, estudantes, andarilhos, viajantes, achados e perdidos, astronautas alienados ou não. Vocês, religiosos, ateus, caretas, bêbados, seguranças e foras-da-lei. Vocês.

Vocês estavam tão longe. Ficamos imaginando por que. Imagine uma linha imaginária a 15 metros de você. Longe. Nos dividindo. Ontem, tão perto. Mas longe hoje. Divisora.

Peraí. Estou divagando sobre relacionamentos ou sobre o show de hoje? Alternativa "c" é a resposta, pois ambas "a" e "b" estão corretas. Naaasssa.

A verdade é que algumas pessoas são mais próximas em relacionamentos. Gostam de ficar mais perto da gente. Sabe aquele namorado que te tocava mais, te olhava mais, te mordia mais?...ou aquela namorada que adorava te dar abraços longos, te olhar com tesão, aquela que ria mais... aquela que era tão próxima que você não se sentia sozinho nem estando longe? Hmm.

E sabe aquele amigo que te tem tão no coração que te chama de irmão? Ou aquele estranho que te olha tão de coração aberto que você ficar pensando..."Pooutz, de onde eu conheço esse ser?" Hmm.

Algumas pessoas vivem mais perto de nós.

Pessoas assim são difíceis de esquecer.

E platéias assim são difíceis de esquecer.

Ontem e hoje. Ontem, fricção, tesão. Hoje, quase ficção. Salvo breves momentos, você quase inexistia. Linhas imaginárias te confinavam a seu próprio mundo, um lugar seguro em sua própria constância.

Tão difícil de entender. Como você pode mudar tanto. Mas não desisto. Busco-te. E vou te encontrar. Em algum lugar por aí. Algum dia. Você, esperando no ponto de ônibus, com saudade do seu amor, ou em fuga, sozinho, sem grana.

Ou você, segurança, trabalhando até meia-noite, você, mãe que ama as filhas, ou você, filha sem mãe, perdida, chapando, você, que nunca disse não, ou que se aliena pra não ter que pensar, e você que tem tanta vida dentro que pula como pipoca, você, que tem sonhos e brilho nos olhos, ou você que já perdeu o brilho, ou esqueceu como é ter brilho, você, que viveu muito e adora agüar as plantas, você que adora dias de chuva, você que se fascina com o perigo, você que é agressivo com os outros, você que gosta de manipular, você que se revolta e grita, você que é da paz, você que sorri, você que disfarça quando chora, você que adora abraçar todo mundo, você que abraça os outros de longe pra não encostar, você que adora assistir novela, você que não suporta, você que tem TOC, você que tem pânico, você que tem fome mas não sabe do quê, você que concorda pra não brigar, você que ri de tudo, você que chora por nada, você que está triste hoje, você que não tá nem aí, você que planeja, você que improvisa, você que vai embora e deixa tudo pra trás, você que está com torcicolo de tanto olhar pra trás, você que trabalha demais e não vive, você que pensa na vida antes de dormir, você que adora cozinhar, você que odeia, você que olha pra cima e fica cheia de dúvidas sobre o universo, você que fica com os olhos úmidos às vezes, você que tem ataques de risos incontroláveis, você que busca algo mais, você que não consegue dormir às vezes...você.

Você, população.

Não se mexa. Já tô saindo. Daqui a pouco tô aí.

Deixa eu pegar meu mapa de linhas imaginárias.

terça-feira, 18 de março de 2008

PARANÓIAS na ESAMC!!

De repente a noite era fria. De repente 2 velhos amigos migraram de São Paulo a Compenis City. De repente velhos amigos enforcaram aula na faculdade, atrasaram em encontros apaixonados. De repente todos esses seres se encontraram secretamente no coração do interior de São Paulo.
E de repente os Mooooortos? estavam na frente da ESAMC cantando seus blues brasileiros.

segunda-feira, 17 de março de 2008

NOVO LAYOUT

Galera, em breve o novo layout do blog. Na verdade será o primeiro. Esse é o que já veio como modelo. Que tosquice. Mas tosquice de vez em quando faz bem. Mortos? prometem uma atmosfera sexy no Shopping Não, ok?

Beijos e abraços, Querida População.

PUTA QUE PARIU, viu...

Querida População,

Bom Dia. Os Mortos? acordam.

Nosso show de sábado na Feira Hippie foi filmado por Paulo Planta, jornalista campineiro, torcedor do atlético e gente boa. Planta escreve no Papo que Rola. Passem lá! Tem um post com vídeos do nosso último show na Feira Hippie e uma entrevista com final feliz.

Paulão informa que o Projeto Música que Rola, que conta com apresentações de muitos músicos de Cumpenis City irá se materializar novamente no Dali. Bora?

Bom, eu li no Papo que Rola algo que me horrorizou mais ainda em relação ao cenário musical da nossa cidade. Sobre Músicos e Diaristas, uma coluna que o jornalista já havia escrito no Diário do Povo. Nem digo nada. Corram lá e leiam. Tem bar pagando menos do que o salário de um diarista. Puta que pariu, viu.

Deixei um outro comentário que vale a pena ser dito aqui também:
( já tá lá no blog do Paulo, então aqui vai miúdo)

fico imaginando o que os ramones, os violent femmes, ou o raul diriam disso.

nossos músicos campineiros, que 99% das vezes começam a carreira tocando em bares, vêem-se obrigados a satisfazer o proprietário do bar tocando covers encomendados (geralmente os que "vendem" mais) e sendo desvalorizados com cachês tragicamente cômicos. isso despersonifica qualquer vestígio de expressão artística verdadeira/sincera.

nossos músicos encontram-se vendendo gingle-covers e tocando solitários enquanto clientes os ignoram (ok, há aplausos ocasionais quando o gingle-cover é um hit de alguém famoso). fico pensando o que os difere de um cd player.

pessoas de talento sendo transformadas em cd players para poderem expressar a sua "arte". isso parece cena de ficção futurista. tragédia.

o que diria bob dylan desse fenômeno social? ou geraldo vandré? parece que antigamente as pessoas cantavam por outros motivos... cadê a música brasileira, pôrra? só vejo cd players, e antigos ainda, caralho. somos mais que isso? cadê, então. puta que pariu, viu.

Não é que Mortos? condenem ao lago de fogo e cheiro de enxofre qualquer tipo de covers. 2 membros de nossa organização se divertem tocando jazz anos 30 durante entrevistas em que eu critico o predomínio de covers nos repertórios de hoje. Como disse sabiamente B., "Se Russo Jazz Band é cover, o que é a orquestra sinfônica de Campinas"? Hah! Moral da história: se você vai tocar covers perante a população brasileira, seja punk o suficiente pra tocar covers originais e significativos. Inove. Deixe a sua marca. Porque, acredite ou não, a música é a expressão do que você pensa, acredita, sente.

Mas os Mortos?, insaciáveis, em plena fuga do cemitério, em busca de cérebros, beliscam a população e perguntam: você pensa por si próprio ou só repete o que os outros dizem?

Mortos? Assustam Paulistanos - CUIDADO

Um belo dia estávamos entediados.
"Vamos tocar em São Paulo", divagou N.
"N., acho que você esta com aquela tendência suicida de novo, cara", transparenciou B.
"Tá maluco?", exorcizou R.
"Eu sempre fui maluco", confessou N.
"Nisso você está certo", acrescentou B.

Então fomos. E subliminamos nossas tendências suicidas juntos. E a população até que gostou da idéia...

Suba você também no poste. E cante, grite, exorcise.

sábado, 15 de março de 2008

Acredite Se Quiser #8

* Enquanto N. se auto-sacrificava-mutilava-oh-my-god dando uma entrevista para o documentário sendo realizado por uma equipe de estudantes do último ano de jornalismo da PUC - Campinas, afirmou com orgulho que os Mortos? se recusam a tocar músicas cover.

"Não condenamos quem toca covers. Mas escolhemos fazer o que ninguém faz: tocar somente músicas próprias. E tocamos na rua. Os bares não permitem isso em seus ambientes, pois não acham essa atitude "benéfica" para venderem mais. Mas os Mortos? dizem: fodam-se o bares repressores. Foda-se a indústria cultural."

Mal sabia N. que logo atrás estavam, empolgadíssimos, saltitantes, os membros B. e F. JUSTAMENTE...TOCANDO COVERS (Russo covers, que por sua vez já são covers). Argghhhhhhhhhh

Péuu péuu péuu péééééu.

Ops!

2 a zero pra eles.

Mas vingarei-me...huahuahua

;)