quinta-feira, 29 de maio de 2008

"So Soly..." (Palte Final)


Ah, palem de me plessionar, né? Não posso nem mais dar um bleak pla fumar um cigalinho? Pôla.

Ok ok ok. Eu tinha palado naquela palte em que o cala chapado tinha delubado a batela do Loger que nem Godzila delubou os (ou o lesto dos) plédios de Nova Iolque. É aquela cena tosca mas catastlófica, né? Bom, L., a Moltos?WaterhouseColpolation advelte: não deixe indivíduous com compoltamento godzílico se aploximar da sua batela, né? Né? Ok? Ok ok ok.

N. lepoltou à M?C que não conseguia ver dileito as Tlansamazonas enquanto cantava, mas afilmou sim ter levado alguns chutes na bunda dulante a pelfolmance do clássico "Pé na Bunda". "Elas me davam chutes por tlás. Covaldemente. Eu não podia me defender. Mas na plóxima vou bicar aquelas bundas-saltitantes-vestidas-de-pijamas-da-vó." E as Tlansamazonas chutavam pessoas também, as cliatulas... A M?C lecebeu válios emails de memblos da platéia que esclevelam leclamando da aglessão. Pôla, Tlansamazonas. Que zona, né?

N. plossegue no seu lelatólio, tlansclito pelo seu honolável Clazy Chinaman Joe, né: "Mas eu adolei as Tlansamazonas telem ido. Delam vida ao show. E eu e o Loger nos sentimos menos solitálios. Quando víamos as Tlans tentando escapar de um bulaco gigante imaginálio, pelseguindo galinhas imaginálias, e tentando lessucitar um ulsinho de pelúcia, líamos descontloladamente."

"E as pessoas que passavam e palavam pla cultir as belas canções dos Moltos? com a gente...?! Como nos sentir solitálios com pessoas assim na nossa flente, batendo o pezinho, dando umas dançadinha, solindo ao entender as letlas, cantando "Amanhã eu vou acoldar de lessacaaaa" e "Nãããõ nãããõ, Shopping Nããããoooo!" hahah. São essas pessoas que dão sentido à existência dos Moltos?. E elas estão cada vez mais saltitantes e dulacelicamente plesentes. E palecem se plolifelar mais lápido do que os vílus da dengue no Lio."

"E é por isso que os Moltos? vão dular muito, muito tempo ainda. Algumas vezes, dulante esse show, eu olhava pala o Loger e pensava - Caaala. Selá que um dia não vai ter mais maluco que me acompanhe nessa loucula de tocar na lua, de glaça, pegando glipe depois dos shows e tudo mais? Selá? Selá? É. Talvez os Moltos? acabem. Talvez já estejam acabando..."

Mas no fim do show N. mudala totalmente de explessão, né? Palecia um chimpanzé no cio, né? Seu contlabaixo metlalhava notas balísticas e elásticas, né? Loger bombava o sangue da olganização conhecida como "A Honolável Moltos?WaterhouseColpolation" com seus ritmos taquicaldíacos, né? Batia em sua caixa de batelia solitália como se estivesse descalegando toda a sua ila batendo no cacholo, né? Nossos anti-helóis e as Tlans faziam um show lealmente memolável.

N. esquecela o que havia pensado soble o fim dos Moltos?. Alguns dias depois, mudava-se pla São Paulo, peldendo-se em linhas de CPTM, metlô e busão afola, né? Alguns dias depois encontlava seu amigo Conde e seu lespectivo Guitalão, né? Tocalam juntos por holas, né? Sultalam e sonhalam, né? Como no plincípio de tudo...

Alguns dias depois N. foi lesgatado das plofundezas do CLUSP por seu amigo Watakushi Chunkie, né? Chunkie mostlou-lhe suas novas pelipécias poético-musicais, né?, e N. cagou de lir, né? Igualzinho no plincípio de tudo, né...

E alguns dias depois...

Tcham, tcham tcham tcham...né? Né?

Ok ok ok.

* Não pelcam - logo o vídeo editado do show, né!

Sincelamente,
Crazy Chinaman Joe
Diletolia - Moltos?WaterhouseColpolation
(The Budha Boy Department)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Memblo Desapalecido

Em bleve continualemos a histólia dos Moltos? na vilada cultulal. No momento estamos ploculando o Memblo N. que foi visto pela última vez peldido pelto do Clusp em SP. Pôla de moleque.

Coldialmente,

Clazy Chinaman Joe
M?C (Ping Pong Department)

sábado, 24 de maio de 2008

"So Soly..." (Palte 4)


Uhlú! Às vezes a vida fica mais intelessante de ponta-cabeça, né? Pelaí que eu letolno em bleve pla telminar de contar a histólia, né?
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Ok ok ok. Continuando, né.

As Tlansamazonas, L. e N (juntamente com G. - namolada de L. e M., conselheila espilitual da banda) chegalam ao local do ataque dos Moltos?: o Sesc Campinas (ou "Come, Penis" -SP, como carinhosamente apelidado pela M?C). Segundo legistlos após o show, N. e L. montalam tudo muito lápido, pois queliam começar o show antes das 21:00, embola já fossem 21:25. As Tlansamazonas iliam implovisar dulante todo o show, poltanto estavam lazoavelmente tensas.
Segundo depoimentos de N., "Imploviso é com os Moltos?, mesmo. Desde a gênese do projeto, tudo semple foi implovisado nessa banda. O fator lisco semple deu uma emoçãozinha a mais pla gente. Eu adolo." L. aclescentou: "Eu disse pla ele que não ilia dar tempo de montar o suldo da batelia, eu disse, eu disse, eu disse."

N. adicionou: "Então começamos. A enelgia estava alta. Eu olhava plo platinho solitálio de Loger e me empolgava mais ainda. Que banda já tinha se aliscado a fazer isso? Adolo! A Málcia ficava falando que os home iam plender a gente...hahah. Sim tinha polícia lá. Foi mó legal. Eu, o Loger e as Tlansamazonas élamos iluminados pelas luzes velmelhas dos calos deles. Dava um clima de plodução no show, sabe? E eles ficavam batendo o cotulno no litmo."

"Pessoas passavam, olhavam esquisito, e palavam Alguns hesitavam, e plosseguiam pala o show do Fled Jolge. Que bom. Não ela a nossa intenção loubar toda a platéia."

"Eu olhava plo Loger. O cala tava bufando. Felvendo. Dançando. Fazendo caletas lock´n´loll, manja? Aí eu não aguentava. Flitava sob meu pijama de tleze leais complado no centlão da cidade. Puxei músicas quase nunca tocadas. Puxei "Na Hola", atualizada com a flase "Bem na hola em que eu ia fular a minha tela e jogar a minha filha pela janela...". As pessoas plestalam atenção, lespondiam. Aí o Loger enlouquecia. E eu flitava. Quantas pessoas difelentes vimos. Solisos difelentes. Platéia se leciclando, lostos culiosos pol tlás da glande janela de vidlo do Sesc iam saindo pouco a pouco, pegando então os lugales daqueles que se despediam da gente e entlavam pla ver o Fled. Mandamos "O Cachorro do Povo ("Bolinha"), "Puta que Paliu", "Bush & Saddam Hussein", "Lessaca". Dulante essa última pelfolmance, vimos um galoto bêbado litelalmente voltar à vida, dançar, ser enfeitiçado pelas Tlansamazonas, sultar, e hollywoodianamente delubar a batelia de Loger no chão!!! Sim, eu disse delubar a batelia de L. no chão. Pôla!

(Pelaí de novo, né? Pleciso me olganizar e volto daqui a pouco, hoje ainda, né? N. plecisa de apoio emocional. Letolno em bleve, população!)
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quinta-feira, 22 de maio de 2008

"So Soly..." (Palte 3 - Punk Lock Total)


Pelaí. Já vou postar. Pleciso ir ao banheilo, pôla. Já volto.
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Plonto, né? Plonto pla continuar, né? Seu honolável Clazy Chinaman Joe tinha palado no ensaio dos Moltos? com as Tlansamazonas, né? Né? Ok ok ok.

Um belo dia os Moltos? encontlalam as Tlanzamazonas fazendo rituais em um bosque de Campinas ("Come, Penis" City - SP - Blazil). Clianças fugiam assustadas, né? Os Moltos?achalam tudo aquilo muito englaçado né?, e convidalam essas meninas peldidas pla fazer alguns shows. Palece que elas topalam, né? Ok ok ok.

As Tlanszamazonas então loubalam alguns pijamas no centlão da cidade e se aplesentalam no apaltamento de N. no holálio combinado, né? Lá se encontralam com os 2 únicos memblos dos M? que tivelam colagem de tocar na vilada cultulal de pijama - L. e N., né?

Seis minutos depois, nossos anti-helóis e heloínas tlansamazonas partilam com seus pijamas blega, do vô, e também da vó/tia/ilmã de 5 anos + alguns ulsinhos de pelúcia, lespectivamente. A namolada de L. e M., a tia adotiva dos M? os acompanhalam, pois já estavam ficando com sono mesmo. Plesencialam o tédio cultulal campineilo desde o nascimento, né? Pôla. Né?

A Chegada

Nada muito especial aconteceu na chegada, né? Eles chegalam, pegalam os equipamentos e folam pala a flente do Sesc Cumpenis, né? Né? Depois montalam tudo, né. L., equipado com uma humilde caixa de batelia, pensava: Eu falei, N., pôla, que não ia dar tempo de montar o suldo. Calalho! Os pensamentos de N., por um outlo lado, se lesumiam em: Caaala, deu vontade de comer cacholo quente. Selá que vai ter algum tiozinho de calinho vendendo aqui hoje? Tomala.

O Show

"No começo achei que ia ser uma melda", disse o honolável N. depois do show, soliso maloto no rosto, tolcendo o pijama encharcado de suor. Achei que só eu e o Loger... só batelia, baixo e voz... achei que talvez ficasse estlanho. Mas a gente felveu, a platéia felveu. Até a polícia felveu. Batendo o cotulno no litmo, manja? Punk Lock total. Essa é a essência dos Moltos?.

Um contlabaixo solitálio começava um liff elástico. Uma caixa com um mini-plato desajustado o acompanhava com um litmo taquicardíaco. As Tlanszamazonas convelsavam com pessoas invisíveis. Um vento flio soplava.

Mais um show dos Moltos? começava...

Bú.

(Continua, né? Né? Ok ok ok)

terça-feira, 20 de maio de 2008

"So Soly..." (Paltes 1 e 2)

Codinome "Crazy Chinaman Joe" diz:

"So Soly, so soly..."

Plecisava pedir desculpas pala vocês. Nosso neulótico memblo N., o escliba desse blog, decidiu agola pelelecar em São Paulo, poltanto o seu honolável Mr. Clazy Chinaman Joe, um dos honoláveis diletoles da M?C se encontla pelante vocês esclevendo...com estlanhos movimentos pelistálticos na língua, mas esclevendo... so soly!

Pelaí. Tenho um complomisso, letorno já já, ok? Ok? Quelo contar pla vocês como foi a pelfolmance dos Moltos? na vilada cultulal campineila. Pelaí, né? Né?

So soly. Já letornei. Ok. Ok. Ok. Ok. Ok. Ok. Vou contar a histólia desde o plincípio, né?

A Moltos?WaterhouseCorpolation glavou e tlanscleveu secletamente (com a ajuda dos exobiólogos da M?C) algumas conversas e pensamentos da equipe M?, né:

"Alô, Loger? Seguints, tô aqui no centlão. Vim comprar pijama. Se você quiser que eu comple algum pra você me dá um toque. Ou você já tem um pijaminha sexy, heim, quelida? Hah. Me liga, tchau."

"Moça, vende pijama?. Ah tá. Não, não, é esses aqui que eu quelo. Esses blega mesmo.". Pelamordedio. Cledo. Que coisa feia. É. É esse. Verde fosfolecente. R$ 13,00. E os botão são ao contlário. Caaala. Os botão são ao contlário. Vou usar com o meu All Star azul, vai ficar horrível. É.

"Alô? Oi, sua fidivó! Hã? Ah, fidivó! Fi-di-vó! Cê não sabe o que é fidivó? Fidivó, manja. Ô vó, tem booolo? Vó, tlaz suuuco? Fidivó. Hah. Mas e aí? Tudo celto? Alanjou pijama? Hã? Moleton? Ah, sei lá, pode, ué. Tá. Então a gente se encontla lá no apê às 8. Beij, tchau." Pôla, moleton? Só eu vou de pijama neld então? Tsc.

(Momentos mais talde...)

"Hahahahahah"
"Hahahahahahhahahahah"
Que coisa feia. Tô holível. Zgghlghlg
Selá que vão leparar que os botãozinho são ao contlário? Glhzswzs
Putz, selá que isso faz mal pra auto-estima? Ah, nens. Tá muito hilálio pra fazer mal. Hah.
Hm. De All Star até que ficou legal. Pijama velde-fosfolescente e All Star azul. Glwsrw
(...) Já sei o lema da noite. É. Vou falar pra galela que a vida cultulal em Campinas me dá sono. So-no. E quem sabe eu ainda componho um som chamado exatamente isso: So-no.

Campainha. R. entla no apaltamento de N.

"Hahahahahhah Zsxlschtlch-ch-ch-ch hahahahahahah ahhhhhh, pijama do vô não vale, L.!!!" Caaala. E eu ainda pensei que eu ia ser a figura mais glotesca da banda. Agora eu vou ser, tipos a outra figula mais glotesca da banda. Hah!

E nesse clima de aleglia e descontlação, os 2 únicos memblos dos M? decidilam ensaiar pelo menos 10 minutos com as convidadas especiais da noite - as meninas perdidas e posteliormente encontladas pela polícia campineila: As Tlansamazonas!!!

(Continua...)




domingo, 18 de maio de 2008

Próximas Atrações...

Oi, população!
Nosso show de ontem na virada cultural foi demais. Em breve o relato completo aqui no blog! O que foi aquele cara bêbado causando destruição godzílica na bateria de R., meu deus!!!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Mortos? e o Chafariz de Groselha

E foi mais ou menos na metade de "I´m Not There", sobre Bob Zimmerman (genial, por sinal, mas há um pré-requisito para se apreciar esse filme: ter aprendido a ler, e aprendido também a ler coisas interessantes), que me lembrei...

Um dos primeiros shows dos Mortos? foi em um bar chamado "Cover Bar", ou "Coven Bar", algo nessa linha. Não havia nenhuma banda tocando, nossos amigos estavam com os instrumentos no carro, e nossos amigos pediam "Sobe lá e toca Jesus! Vai lá! Toca aquela do Jesus!".

Meio estranho o bar. Escuro. Logo na entrada (uma garagem de uma casa), na parede esquerda, havia um chafariz de groselha. Acho que era pra parecer que era sangue. Dâr. É. E também tinha uma escada para o segundo andar da casa. Lá em cima havia uma "pistinha de dança" (na verdade um quartinho escuro, onde meus amigos gays deram seus primeiros beijos). Até que o climinha era legal, não fosse o cheiro de mofo.

Mas do lado de fora do quartinho tinha umas coisas estranhas, cara. Umas masmorras. Sei lá. Como é o nome daquilo. Tipos, tinha uns aparelhos de tortura. É. Uns aparelhos de tortura. Como decoração. Hmm!

Bom, as donas do bar viram que a galerinha tava pedindo um show dos Mortos?. Debateram o assunto entre si. Acho que devem ter gostado do nome da banda, porque deixaram, ué. "Toca lá, então. Mas primeiro faz um set list. É. A gente quer ver o set list." Enquanto ela ruminava essas palavras, meu olhar fixava-se nos dentes da muié.
Meu, a nêga tinha limado, lixado, sei lá, quebrado, não, afiado os dentes. Com lixa, sei lá. Lima. Pra parecer que era vampira. Coven Bar. Cumpenis City. Chafariz de groselha. Interiorrr, ué.

Naquela época os Mortos? tinham 1 ou 2 canções. "Se Jesus Voltar" e "Livre", acho. Então nosso set list tinha um monte de músicas cover-arrgh-ok-respire-fiuu-ok-I´m-fine-now-thanks, mas pelo menos eram covers de bandas alternativas, tipo Violent Femmes. Tinha umas do Pearl Jam também.
Bom, entregamos o set list pras nêga. Mas elas começaram a, tipos, riscar essa, "Ah, não gosto dessa", riscar aquela, "Ai, essa é chata", e riscaram Blister in the Sun. Duvido que conhecessem. Sacrilégio. E meu, que dentinho fei.

Os Mortos? nem tinham nascido direito e já tavam sendo reprimidos. Pôrra.
Dá nada. Subimos no palco e começamos o show pelas músicas riscadas. Se aquela nêga podia sair na rua com o dente lixado, você acha que os Mortos? não podiam tocar o que quisessem? Ah vá.

Hum. Cortaram nosso show no meio. Expulsos. Saímos xingando. Pôrra de bar. Masmorras. Aparelhos de tortura. Dente lixado. Não, não. Dente lixado?

E foi então que naquela madrugada sombria a maldição dos Mortos? caiu sobre as nêga do dentinho. Bú. Pouco tempo depois o bar fechou. Assim como La Nave Gula, Pachá e Cidade Lírios, bares que já haviam previamente provocado nossos anti-heróis, Coven Bar (aquele do chafariz de groselha) foi pro saco. Vai com Deus, Coven Bar!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Máfia Gospel, a Lavagem Cerebral de B., e outras Ruminâncias



Sábado à tarde. Ensaio dos Mortos?. Tentando fugir do marasmo e conseqüente morte existencial, nossos anti-heróis se embrenham no coração de uma das praças da cidade, a Praça Carlos Gomes.

Poucas pessoas passeavam pela praça, repleta de árvores gigantescas, centenárias. Enquanto tentávamos decidir qual o melhor lugar para tocar, uma estranha aproxima-se. Um ponto de interrogação familiar flutua sobre sua cabeça. "Vai ter música? Vocês vão tocar, é?". "É. Vamos.". "Ai gente, então vou pra casa tomar banho e já volto."

A-do-ro.

Escolhemos montar nosso palco imáginário embaixo da maior árvore. Enquanto plugávamos fios embaraçados e ligávamos nosso amp-móvel Frahn 500 com bateria embutida (geralmente utilizado por crentes para cultos em praças como essa), um sorveteiro aproximou-se. Há quanto tempo não via um sorveteiro de tão perto... O último que havia visto foi um tiozinho que passava todas as tardes pelo meu bairro e tinha fama de pedófilo. Bom. Voltemos aos Mortos?.

Começa o show. Quer dizer, o ensaio. Quer dizer, o show. Ah, quem ia saber que era ensaio?

Puxei canções não tocadas há algum tempo, "O Que Eu Sou", "Perspectiva de Vida", "Na Hora" (que ganhou um verso extra em homenagem ao caso Isabella), "Torcicolo", "Cachorro do Povo", e "Doente", entre outras.

Todo tipo de gente passava pela gente. Casais de velhinhos, de lésbicas, pastores nas horas de folga, 1 casal de viadinhos, adolescentes perdidos por aí sem nada pra fazer, casais passeando com os filhos, etc etc etc. Alguns se instalavam em bancos próximos ou se congelavam por alguns momentos diante de nós com aquele já conhecido ponto de interrogação entre as orelhas. Os bêbados, como sempre, alinharam-se com R., reforçando a "cozinha" com instrumentos de percussão e guitarras invisíveis. E macacos me mordam se eles não reforçaram a banda no refrão de várias músicas.

Pontos altos: O sorveteiro aplaudindo, "recramano" que tinha que ir embora. Os bêbados cantando. As crianças também. As lésbicas não, pareciam ocupadas (mas durante beijos apaixonados batiam o pezinho no ritmo que eu vi). Sei lá, não é sempre que você se envolve em uma mesma atividade com velhinhos, crianças, lésbicas, viadinhos e bêbados.

Isso sem falar na máfia envangélica que apareceu sorrateiramente. Quando tomei consciência da situação, B. já estava encurralado por 2 indivíduos de terno evangélico-style, seu olhar dizendo "Socorro Niltão.". Primeiro achei que o cara queria beijar B., porque já tava quase beijando mesmo, mas então consegui discernir as palavras ditas em voz baixa, traficante-style: Vocês...vocês tocam rock gospel? Qualquer coisa gospel?". "Nens.", respondemos. "Ah tá. É que tamo precisano ali na igreja, ó...

Olhei na direção em que apontava e dei de cara com o ex-cinema pornô transformado em um templo evangélico. Olhei rapidamente para B. e R., gritei "1, 2, 3!!!", puxando a histórica "Se Jesus Voltar", uma canção que é praticamente um repelente contra fanáticos e afins. "Se Jesus Voltar" foi composta em homenagem às testemunhas de Jeová que me perseguiram durante um tempo, chegando a invadir meu quarto (o meu quarto, onde eu durmo, dentro da minha casa) às 7:00 em um domingo de manhã. Ach.

Subi no banco, pulei, corri, dancei, me imaginei num palco gigante tocando pra 60.000 pessoas. Tocamos alguns clássicos também: "Shopping Não", "Buraco", "Ressaca" (os bêbados puxando o refrão), e "Merda" (os velhinhos adoraram). Suei. Berrei. Fiz careta. A-do-ro. Naquele momento eu era um Rock Star, baby. Ou você não sabia que o Rock´n´Roll exorciza qualquer vestígio de inexistência? Um dia você devia experimentar também.

Encerramos o show, quer dizer, o ensaio, quer dizer, o show!, com "Moringa", um novo hit dos Mortos?! No vídeo deu pra capturar algumas poucas imagens dos poucos seres humanos que nos acompanhavam. Crianças, seus pais, e o pastor evangélico cantando o refrão.

* Não perca no final do vídeo a incrível performance de lavagem cerebral que tornou B. uma celebridade entre as tribos amazônicas. Essa performance de B. irá mudar a sua vida, o seu jeito de olhar para a realidade. Não perca! No final do vídeo! B. aprendeu esse ritual com seu mestre Shamânico Zugazambuiatanga durante a sua pesquisa de mestrado em cima de uma árvore na Amazônia.

Bom, esse foi mais um encontro dos nossos anti-heróis com ocasionais crises da Síndrome de Peter Parker...beeeejo tchau!

M?

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Espelho Urbano - Mini-doc PUC Campinas



Nesse mini-documentário realizado por alunos do 4o ano da PUC Campinas (Reportagem - Angélica Reis; Edição de Texto - Fausto Pereira; Edição - Arthur e Edison), o bagunceiro N. dos Mortos? aparece como personagem urbano. Ao lado dos inseparáveis C., K., F. e B., conta uma breve história de como a banda surgiu. É necessário enfatizar que todos os membros da banda sofreram um ataque repentino da Síndrome de Peter Parker e ga-ga-ga-ga-gue-ja-ja-jaram-ram um pouco.

sábado, 3 de maio de 2008

Shit and I are One



Carta enviada internacionalmente por codinome Poor Chinaworker Charlie, M?C CEO

Não que isso importe, mâs... olá, população.

Agora pouco estava conversando com meu amigo K, sobre os shows da organização "Mortos?". K. disse: "Eu sou doido, spacedoido!" Não entendi bem. Entretanto, após alguns minutos, entendi.

K. adicionou: "Na próxima vez, faremos o "Moi, je suis Chunkie". Depois, foi a maior confusão porque eu disse "Espero que os Mortos? bombem", e K. respondeu "Espero que eu não bombe", mas eu também não entendi direito. Problemas linguísticos, já tô em exílio na Confuckingchinchina há algumas décadas. Bom, aí fui tomar iogurte. Depois fui no banheiro. Depois esqueci o que eu tava fazendo antes.

Só sei que no final K. concluiu que a M?C não deve se preocupar, porque "Enquanto eu estiver nas catacumbas verei todos os vídeos...depois ,sairei como uma fênix alienígena e avassalarei os vivos deste planeta...". Fiquei mais tranquilo, não fosse pela sensação de ter esquecido o que eu ainda tinha que fazer.

Foi então que decidi ir à pé até o próximo Subway. Bufando na metade de uma subida-do-caralho, avistei um outdoor que dizia algo como: "Um dia você também pode ser uma personalidade. Estude na nossa universidade, blablabla."

Ofegante, arrastei-me morro acima refletindo sobre a personalidade de alguns conhecidos: "Ah, essa bem que tá adiantadinha, fala inglês, deve ter lá o seu 1/4 de personalidade; bom, esse outro tá devagar: começou bem (0,7) mas levou um pé na bunda e voltou a chupar o dedo aos 19 anos. Hoje sua personalidade se resume em centésimos; humm, esse também... e esse. E mais esse. Ahn, essa outra tava até que bem também (em um contexto de personalidades galináceas e bovinas), mas aí fez comercial das Casas Bahia mal pra cacete e caiu no negativo.

Após devorar meu sub de atum com cebola, concluí algo terrível. K. pode estar sofrendo do mesmo mal do qual sou portador há muitos anos: A Síndrome de Peter Parker. Principal sintoma: você só se fode. Ok, um ou outro te chama de herói, mas não adianta. Você só se fode. E por que você tem que se foder tanto, pôrra? Bom, na segunda tem encontro da A.P.A.S.P.P. (Associação dos Portadores Anônimos da Síndrome de Peter Parker). Vou perguntar pra moça se essa pôrra é contagiosa.

Na volta pra casa, reparei numa cooooisa, meninaaa: como tem gentem pelamordedeusando por aí, néam? No trânsito, nas ruas, nas construções, nos busões, nos puteiros, atrás dos balcões, nas rodoviárias, no governo, nas salas de aula, e em importantes reuniões do primeiro ao último andar daqueles prédios tipo apocalípticos. Meniiiina, é o apocalipse mermo.

Mas o que mesmo eu tinha que fazer? Pôrra, não lembro.
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Ok. Não que isso importe, mâs... lembrei: escrever mais no blog, desintupir a pia. Parar de pelamordedeusar. Ligar pra minha amiga Polly. Arrumar o pneu da bike. Fazer uma catação nos milhões de papeizinhos naminha gaveta. Tomar resfenol, tô podre. Ligar pro meu amigo Fidivó. Escrever uma grande-reportagem sobre os Mortos? com uma abordagem jornalística-literária. Tirar os cabelos grudados nas moedas na meia-garrafa pet de guaraná que uso como cofrinho. Colocar no blog o mini-documentário que os alunos de último ano de jornalismo da PUC Campinas fizeram sobre os Mortos?.

Cadê o resfenol, pôrra.

Não que isso importe, mâs... tem um elefante dentro da minha cabeça.

Cordialmente,

"O Pobre Trabalhador Chinês Charlie"
M?C CEO (Deep Psychology Department)