sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mortos? Atacam USP (Trailler)

Hah!
Os Mortos? adoraram as pessoas que pularam e cantaram e berraram com a gente ontem na USP! Os Mortos? deixam beijos e abraços para Felipe/namorada, Danilo e Bianca, André, Luíta (shopping nãããão!, shopping nããããão!), Thais (solista de pandeiro), Luiz, e Ahhilalalblahh e seu amigo, que vieram falar com a gente depois do show. Valeu galera! Curtimos conhecer vocês.

Hoje tô quebrado. Assim que a vida voltar (ou não) à minha humilde carcassa postarei o relato e o mini-doc sobre o show. Conde encontra-se, no momento, apresentando uma ópera no Teatro Municipal. Juro.

M?

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Shopping Não

Uma vez a minha amiga Milena foi lá em casa, e a gente conversou bastante. Puta saudade. Ela tava sumida. Trabalhando no Shopping Iguatemi. Falou sobre as colegas, a inveja, a competição, a pressão, a humilhação, a lavagem cerebral. Cara. Assustei. Queria muito que a minha amiga desse um pé na bunda do shopping e saísse fora. Mas ela precisava da grana pra pagar a escola, o cursinho. Vai dizer o quê? Eu já não gostava do shopping. Comecei a pegar ódio. A Milena tinha 16 - 17 anos. E tava presa naquele manicômio da humanidade. Puta raiva.

Naquela época eu não tava conseguindo dormir direito. Insônia. Suor. Agonia. Condenado a dias de marmota. Então eu levantava. Pegava o violão, às vezes o baixo. Papel e caneta. E de madrugada, na minha fuga da loucura, surgia "Shopping Não". Mas tudo que me vinha era uma ou duas frases, um ou dois acordes: "Não vejo mais os meus amigos. Não vejo mais você. Não vejo mais a mim mesmo."

Mas um dia foi diferente. Tava sol. Meus amigos Conde e Buzatto tavam lá em casa, na sala. Sabe quando os raios de sol estão fraquinhos, mesclando-se com a cor da cerveja no seu copo... as bolhinhas ficam lindas, cara. Então. Tinha mais uma galera, acho que era a minha prima Duda e seu rolo tocando Cajon com a gente. Surgiu uma jam. Comecei a tocar os acordes de "Shopping". O que veio em seguida foi o resto da música. Direto. Pá-pum. Improvisei o resto da letra, surgiu o ré do refrão, tudo se encaixou, e, se não me engano, o Conde inventou a frase "NÃO!! NÃO!! SHOPPING NÃO!", que lembra muito Twister Sisters, ou alguma outra banda brega de heavy metal dos anos 80 que deixam essa molecada emo de hoje no chinelo. Cara, o que eram aqueles vídeos do TS! Hahahh, tinha um que eles davam porrada num professor ou algo assim.

Bom, essa foi a gênese de "Shopping Não". Os Mortos?, seja qual for a formação, adoram dar vida a ela nos shows, porque sempre tem alguém que se acaba de cantar e berrar e pular e vem dizer pra gente: "Putz cara, eu trabalhei/trabalho no shopping e sempre quis dizer isso...NÃO VEJO A HORA DE BOTAR FOGO NO SHOPPING!! NÃO! NÃO! SHOPPING NÃÃÃÃO!!! "

Hahahah, cara, às vezes não consigo nem cantar direito nessas horas.

Foi hilário colocar nessa bela canção um protagonista que um belo dia surta e planeja botar fogo no shopping pra se libertar. Mas meu, não vai sair por aí botando fogo nas coisas e culpando os Mortos?, pôrra! A nossa reputação já é péssima perante a nobre sociedade contemporânea. Blah.

Nessa versão da música, Fernando Barbin finalmente tirou o seu contrabaixo acústico do quarto e criou um clima único e nublado-sujeito-a-eventuais-tempestades na canção. Buzatto também estava presente, soprando seu riff melódico-melancólico-meio-neurótico que nasceu junto com a canção. Roger dinamizou as fases do surto do protagonista e toda a sua revolta crescente com a alternância de abordagens rítmicas. Ah, e também apareceu um maluco que invadiu o palco e tocou cajon.

Ouça a histórica e proibida "Shopping Não bem AQUI.

Um fato interessante é que alguns anos após o surgimento dessa bela canção dos Mortos? eu tive contato com o livro de uma socióloga muito legal, a Valquíria Padilha. Achei o seu livro (Shopping Center: a catedral das mercadorias) na internet. Valquíria investigou o surgimento do Shopping nas nossas cidades e o que a "catedral das mercadorias" pode representar perante nossa sociedade, em sua pesquisa realizada no Brasil e na França. Foi tão legal ver que uma pesquisa séria e de peso acadêmico foi feita sobre o mesmo shopping que me incomodou tanto quando a Mí me contou a sua história. E eu descobri esse livro por acidente! Uma pena isso, né, que as pessoas tenham tão pouco acesso a trabalhos científicos interessantes como esse: o shopping center visto por uma ótica da sociologia. Tô lendo devagar, quero entendê-lo bem, e na hora certa vou postar sobre ele.

Valeu Valquíria! Muito legal o livro! =)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Cidade

Sabe aquela paixão de adolescente, intensa, doente, compulsiva? Quando só ouvir a voz da pessoa basta? Quando a compulsão é tanta que você pesquisa, descobre o telefone da pessoa, liga pra ela e desliga na cara? Por que você desliga na cara? Vai saber, porra! Só ouvir a pessoa falar "Alô?" já satisfaz a sua mania. Sei lá.

Pensei nisso, e nasceram os neuróticos versos "Te ligo e desligo. Eu só quero ouvir a sua voz...".

Pensei também em momentos nos quais você percebe que o lugar onde você está não tem mais nada a ver com você. É hora de sair fora, mundo afora, catapora. Mundão, neném. Sayonara, baby.

Nos primórdios dos Mortos?, quando costumávamos tomar vodka e invadir bares no interior de São Paulo, Conde teve contato com essa idéia, sentou sua bunda no sofá, e, atingindo as ondas REM, criou um solo-REM entre as estrofes que se encaixou bem na canção. Sabe quando parece que a música já existia? Então, algo assim...REM.

E agora que vim pra Sampa Conde resolveu fuçar nessa bela canção assim como um cachorro remexe sacos de lixo com guloseimas caninas escondidas. E o Bruno, que mora comigo no quarto ao lado, percebeu que é mais fácil pegar a sua viola de arco e vir tocar com os Mortos? do que sair pra comprar um par de tampões de ouvido na farmácia a umas quatro quadras daqui nesse puta frio. Improvisou uma estrutura única. Enfim, não consigo pensar em mais nenhuma banda seguindo essa direção musical no Brazil. Também, REM desse jeito...hah.

O resultado tá bem aqui. Isso. É só clicar aqui. A-hã.

Experimentamos com várias possibilidades de linhas vocais e de viola. Improviso total. Bom...antes dessa canção tomar forma e ser terminada (ou abandonada, na visão melancólica do artista), os Mortos? queriam tocar ela pra vocês...

PS - os outros membros não puderam participar por questões geográficas. Mas quem sabe logo a gente toca junto.

domingo, 15 de junho de 2008

Ovnis, Saddam Hussein, e outras bochechas rosadas

Ok.

Querida população,

A M?C já providenciou internet para seu honorável escriba N. O lance é que eu estou perambulando entre São Paulo e Cumpeenis City para estabilizar profissionalmente o meu alterego antes de programar ataques mortais à população brasileira. Se liga. Anti-heróis não sobrevivem sem alter-egos, porcodio!

Mas a nossa des-organização tem sim trabalhado nas canções, e prometemos muitas surpresas. Estamos também programando show de final de semestre para ambas Sampa e Peenis City. Nos encontramos também monitorando o OVNI que vem atormentando a NASA. Na verdade, o aparato nada mais é do que uma mini-sonda M?C stereo surround tocando Mortos? no espaço sideral. Fizemos questão de tocar "Bush & Saddam Hussein" várias vezes próximo aos astronautas da NASA. Achamos que eles não fossem gostar, mas, bons hillbillies que são, fizeram o twist-and-shout até as bochechas texanas rosarem.

Bom, é isso. E eu preciso ainda editar o vídeo da virada cultural. Putz. Ah, e preciso também começar a escrever a grande-reportagem dos Mortos?. Ai. Acho que vou compartilhar o andamento desse projeto com vocês...é.

Beijos e abraços, querida população!

N.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Alô?

Ok População. Bú. Vim dar um oi.

Mudei pra São Paulo, e tudo tem dado tão certo lá fora que tenho ficado um pouco distante do nosso "Honolável Shopping Não", como diria nosso querido Crazy Chinaman Joe. Aliás, valeu por todo o apoio, Joe. Não é sempre que um diretor de uma Mega Empresa como a M?C substitui um reles funcionário como eu.

Mas também, tô sem internet. Pôrra. Contudo, isso não quer dizer que a compulsão chamada "Mortos?" tem estado passivamente congelada como alguns cento e poucos milhões de cérebros nesse país. A nossa querida des-organização tem gerado projetos de novas missões, canções e melões. Como parar após tantos anos contra-atacando a terrível mesmice poético-política sócio-cultural?

Muitas novidades em breve...muitas: vídeos, novas aventuras e outras doses de literatura da realidade.

"Porque o lugar dos Mortos? é na rua, no palco. E assim está escrito: a população estará nos Mortos?, e os Mortos? na população. Pois os bundões estarão condenados a ficarem em casa babando e mofando para todo o sempre." (Mortos?, 16:16)

Beeeijo
N.