quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Mortos Destroçam Tim Festival

Tocar no Tim Festival?
Mas precisa tirar o pijama? Ou pode ir assim mesmo?



Eu tenho um peixe carnívoro e ele chama Sid Vicious.
So don´t fuck with me.


You thought I was strange? Take a look at me now.


Tava frio, portanto B. obteve permissão para tocar com o casaquinho do vô.
M. optou pela calça xadrez com um pequeno furo na bunda.


N. veste um conjuntinho noturno de R$ 9,00 adquirido no centro de Comepenis City - SP.
"É a nova tendência", discorreu.












terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mortos? Destroem Tim Festival




Em breve.






Oh não. São eles?










De pijama.







Roubando platéias.







Trazendo caos e alegria.









Arriscando a vida.







Só pra você.




Mooooortos?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Amebíase (Primeira Parte)

Esse blog tirou licença. Doença. Amebíase. Mal aí. O Mortos? agradecem a população que praticamente dobrou de tamanho algumas semanas atrás e continuou nos visitando apesar do silêncio.

Nossa querida população deve estar perguntando: "Cadê os Mortos?, pôrra! Cadê?"

Bom, a gente tá se preparando pro segundo semestre, gente. Surpresas. E surpresas são surpresas. Só isso por enquanto. Hua-hua-hua.

Sabe o quê? Os M? tentaram fazer alguns shows recentemente, mas não deu certo. Estávamos com o foco no buraco errado. Bom, como vocês já sabem, Conde e eu temos mantido a banda viva desde que mudei pra São Paulo. Não é fácil manter uma banda viva, sabia, população? Verdade. Mas como os Mortos? se tratam de uma banda única na história da Música Popular Brasileira eu a defendo com unhadas, mordidas e porradas. E agora o Conde também comprou a briga, com suas frases de guitarra atemporais e vocais cavernosos. Os Mortos? não podiam desanimar, embora o desânimo estivesse nos assombrando. Os Mortos? não podiam morrer.

Houve uma época, do meio de 2003 a 2005 (após uma fase intensa de aparições, shows e confusões ao lado de Conde e Cadu, culminando em um inesperado convite para nos apresentar no Sarau do Charles, na Vila Madalena) em que Mortos? existiu só comigo. Mortos?Solo, batizei o projeto. Ou o infortúnio. Continuei a compôr (você acha que minhas neuroses iriam parar onde, pôrra?), geralmente de madrugada, às vezes até durante o dia... e tocava em festas de aniversários de amigos, pra minha família, em talent shows, e muitas vezes na praça, perto de velhinhos e outras pessoas alienadas.

Era chato não ter com quem compartilhar as canções e bolar arranjos malucos, mas insuportável mesmo era parar de tocar, parar de botar a boca no mundo - e ficar longe de você, população. Não consegui... e você até que cantava comigo. Ria comigo. Ficava triste comigo. Dançava comigo. Nas praças, nos aniversários, nas bebedeiras, nos shows de talento em pequenos bares do interior... Sabe o que passava na minha cabeça? Nada. Eu só continuava a tocar. Por tesão. Pelo Rock´n´Roll. Não tinha planos nem expectativas. Nem parceiros. Mas foda-se, ué.

Nessa época, eu nunca imaginava que 4 anos depois estaria entrando num estúdio em São Paulo às 23:00 de uma terça-feira fria com meu parceiro e brother Conde acompanhados de um criador de peixes carnívoros, baterista e futuro gerente de uma loja de música na Teodoro Sampaio - Marião.

Mas peraí. Rewind. Zighrzzz. Ok.

Me lembro que em 2005 toquei com Cadu algumas vezes, que estava sumido desde 2003. Bom, foram bons tempos. Nos divertíamos, tocávamos em saídas de colégio e cursinhos. Invadíamos bares e conseguíamos canjas nos intervalos dos músicos-imitadores-de-outros-artistas. Éramos expulsos. Como a gente ria. Mas logo Cadu sumiu de novo.

E assim que Cadu sumiu, apareceu Bruno Buzatto. Com Buzatto, tudo aconteceu ao contrário. Mas aconteceu e aconteceu bem: "Primeiro a gente gravou um CD, depois ensaiou."

(Continua)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pessoas, Neurônios e Amebas

Fala, população. Quanto tempo. Os Mortos? têm estado ocupadíssimos, e temos várias histórias pra contar. Por enquanto, bom, deixamos o seguinte recado: pessoas são como neurônios, ou às vezes como amebas, ou algo assim.
Quando fazemos conexões com neurônios ao invés de amebas, os problemas se resolvem. Tchum. Tudo faz sentido. Muitas novidades, nos aguardem.

M?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Em Breve...



Mortos? Reloaded na USP (Quinta e Breja - ECA). Show com direito a destruição de instrumentos, caminhada sobre brasas (por parte de um membro da banda), agressão física e verbal (por parte de uma criatura da escuridão) e muitos blues brasileiros da banda que ninguém compreende de onde veio, pra onde vai ou porque Mortos? ?. Ou por que não? Shopping Não.

terça-feira, 1 de julho de 2008

M? Invadem USP

A Invasão dos Mortos?...

Ok gente. Já editei o vídeo, tô aqui morrendo de rir, mas preciso cuidar do meu alter-ego de cidadão comum-que-só-se-fode e estabilizar a minha vida profissional, que tá que é só um caos. Só falta colocar o vídeo no youtube e postar aqui no Shopping Não com om relato. É lógico que as melhores horas não saíram nas filmagens, a bateria acabou cedo, "Assim falou Zarat..., quer dizer, Murphy". Então amanhã de noitão deve estar no ar!

Mortos?WaterhouseCorporation
(Embromation Department)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mortos? Atacam USP (Trailler)

Hah!
Os Mortos? adoraram as pessoas que pularam e cantaram e berraram com a gente ontem na USP! Os Mortos? deixam beijos e abraços para Felipe/namorada, Danilo e Bianca, André, Luíta (shopping nãããão!, shopping nããããão!), Thais (solista de pandeiro), Luiz, e Ahhilalalblahh e seu amigo, que vieram falar com a gente depois do show. Valeu galera! Curtimos conhecer vocês.

Hoje tô quebrado. Assim que a vida voltar (ou não) à minha humilde carcassa postarei o relato e o mini-doc sobre o show. Conde encontra-se, no momento, apresentando uma ópera no Teatro Municipal. Juro.

M?

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Shopping Não

Uma vez a minha amiga Milena foi lá em casa, e a gente conversou bastante. Puta saudade. Ela tava sumida. Trabalhando no Shopping Iguatemi. Falou sobre as colegas, a inveja, a competição, a pressão, a humilhação, a lavagem cerebral. Cara. Assustei. Queria muito que a minha amiga desse um pé na bunda do shopping e saísse fora. Mas ela precisava da grana pra pagar a escola, o cursinho. Vai dizer o quê? Eu já não gostava do shopping. Comecei a pegar ódio. A Milena tinha 16 - 17 anos. E tava presa naquele manicômio da humanidade. Puta raiva.

Naquela época eu não tava conseguindo dormir direito. Insônia. Suor. Agonia. Condenado a dias de marmota. Então eu levantava. Pegava o violão, às vezes o baixo. Papel e caneta. E de madrugada, na minha fuga da loucura, surgia "Shopping Não". Mas tudo que me vinha era uma ou duas frases, um ou dois acordes: "Não vejo mais os meus amigos. Não vejo mais você. Não vejo mais a mim mesmo."

Mas um dia foi diferente. Tava sol. Meus amigos Conde e Buzatto tavam lá em casa, na sala. Sabe quando os raios de sol estão fraquinhos, mesclando-se com a cor da cerveja no seu copo... as bolhinhas ficam lindas, cara. Então. Tinha mais uma galera, acho que era a minha prima Duda e seu rolo tocando Cajon com a gente. Surgiu uma jam. Comecei a tocar os acordes de "Shopping". O que veio em seguida foi o resto da música. Direto. Pá-pum. Improvisei o resto da letra, surgiu o ré do refrão, tudo se encaixou, e, se não me engano, o Conde inventou a frase "NÃO!! NÃO!! SHOPPING NÃO!", que lembra muito Twister Sisters, ou alguma outra banda brega de heavy metal dos anos 80 que deixam essa molecada emo de hoje no chinelo. Cara, o que eram aqueles vídeos do TS! Hahahh, tinha um que eles davam porrada num professor ou algo assim.

Bom, essa foi a gênese de "Shopping Não". Os Mortos?, seja qual for a formação, adoram dar vida a ela nos shows, porque sempre tem alguém que se acaba de cantar e berrar e pular e vem dizer pra gente: "Putz cara, eu trabalhei/trabalho no shopping e sempre quis dizer isso...NÃO VEJO A HORA DE BOTAR FOGO NO SHOPPING!! NÃO! NÃO! SHOPPING NÃÃÃÃO!!! "

Hahahah, cara, às vezes não consigo nem cantar direito nessas horas.

Foi hilário colocar nessa bela canção um protagonista que um belo dia surta e planeja botar fogo no shopping pra se libertar. Mas meu, não vai sair por aí botando fogo nas coisas e culpando os Mortos?, pôrra! A nossa reputação já é péssima perante a nobre sociedade contemporânea. Blah.

Nessa versão da música, Fernando Barbin finalmente tirou o seu contrabaixo acústico do quarto e criou um clima único e nublado-sujeito-a-eventuais-tempestades na canção. Buzatto também estava presente, soprando seu riff melódico-melancólico-meio-neurótico que nasceu junto com a canção. Roger dinamizou as fases do surto do protagonista e toda a sua revolta crescente com a alternância de abordagens rítmicas. Ah, e também apareceu um maluco que invadiu o palco e tocou cajon.

Ouça a histórica e proibida "Shopping Não bem AQUI.

Um fato interessante é que alguns anos após o surgimento dessa bela canção dos Mortos? eu tive contato com o livro de uma socióloga muito legal, a Valquíria Padilha. Achei o seu livro (Shopping Center: a catedral das mercadorias) na internet. Valquíria investigou o surgimento do Shopping nas nossas cidades e o que a "catedral das mercadorias" pode representar perante nossa sociedade, em sua pesquisa realizada no Brasil e na França. Foi tão legal ver que uma pesquisa séria e de peso acadêmico foi feita sobre o mesmo shopping que me incomodou tanto quando a Mí me contou a sua história. E eu descobri esse livro por acidente! Uma pena isso, né, que as pessoas tenham tão pouco acesso a trabalhos científicos interessantes como esse: o shopping center visto por uma ótica da sociologia. Tô lendo devagar, quero entendê-lo bem, e na hora certa vou postar sobre ele.

Valeu Valquíria! Muito legal o livro! =)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Cidade

Sabe aquela paixão de adolescente, intensa, doente, compulsiva? Quando só ouvir a voz da pessoa basta? Quando a compulsão é tanta que você pesquisa, descobre o telefone da pessoa, liga pra ela e desliga na cara? Por que você desliga na cara? Vai saber, porra! Só ouvir a pessoa falar "Alô?" já satisfaz a sua mania. Sei lá.

Pensei nisso, e nasceram os neuróticos versos "Te ligo e desligo. Eu só quero ouvir a sua voz...".

Pensei também em momentos nos quais você percebe que o lugar onde você está não tem mais nada a ver com você. É hora de sair fora, mundo afora, catapora. Mundão, neném. Sayonara, baby.

Nos primórdios dos Mortos?, quando costumávamos tomar vodka e invadir bares no interior de São Paulo, Conde teve contato com essa idéia, sentou sua bunda no sofá, e, atingindo as ondas REM, criou um solo-REM entre as estrofes que se encaixou bem na canção. Sabe quando parece que a música já existia? Então, algo assim...REM.

E agora que vim pra Sampa Conde resolveu fuçar nessa bela canção assim como um cachorro remexe sacos de lixo com guloseimas caninas escondidas. E o Bruno, que mora comigo no quarto ao lado, percebeu que é mais fácil pegar a sua viola de arco e vir tocar com os Mortos? do que sair pra comprar um par de tampões de ouvido na farmácia a umas quatro quadras daqui nesse puta frio. Improvisou uma estrutura única. Enfim, não consigo pensar em mais nenhuma banda seguindo essa direção musical no Brazil. Também, REM desse jeito...hah.

O resultado tá bem aqui. Isso. É só clicar aqui. A-hã.

Experimentamos com várias possibilidades de linhas vocais e de viola. Improviso total. Bom...antes dessa canção tomar forma e ser terminada (ou abandonada, na visão melancólica do artista), os Mortos? queriam tocar ela pra vocês...

PS - os outros membros não puderam participar por questões geográficas. Mas quem sabe logo a gente toca junto.

domingo, 15 de junho de 2008

Ovnis, Saddam Hussein, e outras bochechas rosadas

Ok.

Querida população,

A M?C já providenciou internet para seu honorável escriba N. O lance é que eu estou perambulando entre São Paulo e Cumpeenis City para estabilizar profissionalmente o meu alterego antes de programar ataques mortais à população brasileira. Se liga. Anti-heróis não sobrevivem sem alter-egos, porcodio!

Mas a nossa des-organização tem sim trabalhado nas canções, e prometemos muitas surpresas. Estamos também programando show de final de semestre para ambas Sampa e Peenis City. Nos encontramos também monitorando o OVNI que vem atormentando a NASA. Na verdade, o aparato nada mais é do que uma mini-sonda M?C stereo surround tocando Mortos? no espaço sideral. Fizemos questão de tocar "Bush & Saddam Hussein" várias vezes próximo aos astronautas da NASA. Achamos que eles não fossem gostar, mas, bons hillbillies que são, fizeram o twist-and-shout até as bochechas texanas rosarem.

Bom, é isso. E eu preciso ainda editar o vídeo da virada cultural. Putz. Ah, e preciso também começar a escrever a grande-reportagem dos Mortos?. Ai. Acho que vou compartilhar o andamento desse projeto com vocês...é.

Beijos e abraços, querida população!

N.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Alô?

Ok População. Bú. Vim dar um oi.

Mudei pra São Paulo, e tudo tem dado tão certo lá fora que tenho ficado um pouco distante do nosso "Honolável Shopping Não", como diria nosso querido Crazy Chinaman Joe. Aliás, valeu por todo o apoio, Joe. Não é sempre que um diretor de uma Mega Empresa como a M?C substitui um reles funcionário como eu.

Mas também, tô sem internet. Pôrra. Contudo, isso não quer dizer que a compulsão chamada "Mortos?" tem estado passivamente congelada como alguns cento e poucos milhões de cérebros nesse país. A nossa querida des-organização tem gerado projetos de novas missões, canções e melões. Como parar após tantos anos contra-atacando a terrível mesmice poético-política sócio-cultural?

Muitas novidades em breve...muitas: vídeos, novas aventuras e outras doses de literatura da realidade.

"Porque o lugar dos Mortos? é na rua, no palco. E assim está escrito: a população estará nos Mortos?, e os Mortos? na população. Pois os bundões estarão condenados a ficarem em casa babando e mofando para todo o sempre." (Mortos?, 16:16)

Beeeijo
N.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

"So Soly..." (Palte Final)


Ah, palem de me plessionar, né? Não posso nem mais dar um bleak pla fumar um cigalinho? Pôla.

Ok ok ok. Eu tinha palado naquela palte em que o cala chapado tinha delubado a batela do Loger que nem Godzila delubou os (ou o lesto dos) plédios de Nova Iolque. É aquela cena tosca mas catastlófica, né? Bom, L., a Moltos?WaterhouseColpolation advelte: não deixe indivíduous com compoltamento godzílico se aploximar da sua batela, né? Né? Ok? Ok ok ok.

N. lepoltou à M?C que não conseguia ver dileito as Tlansamazonas enquanto cantava, mas afilmou sim ter levado alguns chutes na bunda dulante a pelfolmance do clássico "Pé na Bunda". "Elas me davam chutes por tlás. Covaldemente. Eu não podia me defender. Mas na plóxima vou bicar aquelas bundas-saltitantes-vestidas-de-pijamas-da-vó." E as Tlansamazonas chutavam pessoas também, as cliatulas... A M?C lecebeu válios emails de memblos da platéia que esclevelam leclamando da aglessão. Pôla, Tlansamazonas. Que zona, né?

N. plossegue no seu lelatólio, tlansclito pelo seu honolável Clazy Chinaman Joe, né: "Mas eu adolei as Tlansamazonas telem ido. Delam vida ao show. E eu e o Loger nos sentimos menos solitálios. Quando víamos as Tlans tentando escapar de um bulaco gigante imaginálio, pelseguindo galinhas imaginálias, e tentando lessucitar um ulsinho de pelúcia, líamos descontloladamente."

"E as pessoas que passavam e palavam pla cultir as belas canções dos Moltos? com a gente...?! Como nos sentir solitálios com pessoas assim na nossa flente, batendo o pezinho, dando umas dançadinha, solindo ao entender as letlas, cantando "Amanhã eu vou acoldar de lessacaaaa" e "Nãããõ nãããõ, Shopping Nããããoooo!" hahah. São essas pessoas que dão sentido à existência dos Moltos?. E elas estão cada vez mais saltitantes e dulacelicamente plesentes. E palecem se plolifelar mais lápido do que os vílus da dengue no Lio."

"E é por isso que os Moltos? vão dular muito, muito tempo ainda. Algumas vezes, dulante esse show, eu olhava pala o Loger e pensava - Caaala. Selá que um dia não vai ter mais maluco que me acompanhe nessa loucula de tocar na lua, de glaça, pegando glipe depois dos shows e tudo mais? Selá? Selá? É. Talvez os Moltos? acabem. Talvez já estejam acabando..."

Mas no fim do show N. mudala totalmente de explessão, né? Palecia um chimpanzé no cio, né? Seu contlabaixo metlalhava notas balísticas e elásticas, né? Loger bombava o sangue da olganização conhecida como "A Honolável Moltos?WaterhouseColpolation" com seus ritmos taquicaldíacos, né? Batia em sua caixa de batelia solitália como se estivesse descalegando toda a sua ila batendo no cacholo, né? Nossos anti-helóis e as Tlans faziam um show lealmente memolável.

N. esquecela o que havia pensado soble o fim dos Moltos?. Alguns dias depois, mudava-se pla São Paulo, peldendo-se em linhas de CPTM, metlô e busão afola, né? Alguns dias depois encontlava seu amigo Conde e seu lespectivo Guitalão, né? Tocalam juntos por holas, né? Sultalam e sonhalam, né? Como no plincípio de tudo...

Alguns dias depois N. foi lesgatado das plofundezas do CLUSP por seu amigo Watakushi Chunkie, né? Chunkie mostlou-lhe suas novas pelipécias poético-musicais, né?, e N. cagou de lir, né? Igualzinho no plincípio de tudo, né...

E alguns dias depois...

Tcham, tcham tcham tcham...né? Né?

Ok ok ok.

* Não pelcam - logo o vídeo editado do show, né!

Sincelamente,
Crazy Chinaman Joe
Diletolia - Moltos?WaterhouseColpolation
(The Budha Boy Department)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Memblo Desapalecido

Em bleve continualemos a histólia dos Moltos? na vilada cultulal. No momento estamos ploculando o Memblo N. que foi visto pela última vez peldido pelto do Clusp em SP. Pôla de moleque.

Coldialmente,

Clazy Chinaman Joe
M?C (Ping Pong Department)

sábado, 24 de maio de 2008

"So Soly..." (Palte 4)


Uhlú! Às vezes a vida fica mais intelessante de ponta-cabeça, né? Pelaí que eu letolno em bleve pla telminar de contar a histólia, né?
.
.
.
Ok ok ok. Continuando, né.

As Tlansamazonas, L. e N (juntamente com G. - namolada de L. e M., conselheila espilitual da banda) chegalam ao local do ataque dos Moltos?: o Sesc Campinas (ou "Come, Penis" -SP, como carinhosamente apelidado pela M?C). Segundo legistlos após o show, N. e L. montalam tudo muito lápido, pois queliam começar o show antes das 21:00, embola já fossem 21:25. As Tlansamazonas iliam implovisar dulante todo o show, poltanto estavam lazoavelmente tensas.
Segundo depoimentos de N., "Imploviso é com os Moltos?, mesmo. Desde a gênese do projeto, tudo semple foi implovisado nessa banda. O fator lisco semple deu uma emoçãozinha a mais pla gente. Eu adolo." L. aclescentou: "Eu disse pla ele que não ilia dar tempo de montar o suldo da batelia, eu disse, eu disse, eu disse."

N. adicionou: "Então começamos. A enelgia estava alta. Eu olhava plo platinho solitálio de Loger e me empolgava mais ainda. Que banda já tinha se aliscado a fazer isso? Adolo! A Málcia ficava falando que os home iam plender a gente...hahah. Sim tinha polícia lá. Foi mó legal. Eu, o Loger e as Tlansamazonas élamos iluminados pelas luzes velmelhas dos calos deles. Dava um clima de plodução no show, sabe? E eles ficavam batendo o cotulno no litmo."

"Pessoas passavam, olhavam esquisito, e palavam Alguns hesitavam, e plosseguiam pala o show do Fled Jolge. Que bom. Não ela a nossa intenção loubar toda a platéia."

"Eu olhava plo Loger. O cala tava bufando. Felvendo. Dançando. Fazendo caletas lock´n´loll, manja? Aí eu não aguentava. Flitava sob meu pijama de tleze leais complado no centlão da cidade. Puxei músicas quase nunca tocadas. Puxei "Na Hola", atualizada com a flase "Bem na hola em que eu ia fular a minha tela e jogar a minha filha pela janela...". As pessoas plestalam atenção, lespondiam. Aí o Loger enlouquecia. E eu flitava. Quantas pessoas difelentes vimos. Solisos difelentes. Platéia se leciclando, lostos culiosos pol tlás da glande janela de vidlo do Sesc iam saindo pouco a pouco, pegando então os lugales daqueles que se despediam da gente e entlavam pla ver o Fled. Mandamos "O Cachorro do Povo ("Bolinha"), "Puta que Paliu", "Bush & Saddam Hussein", "Lessaca". Dulante essa última pelfolmance, vimos um galoto bêbado litelalmente voltar à vida, dançar, ser enfeitiçado pelas Tlansamazonas, sultar, e hollywoodianamente delubar a batelia de Loger no chão!!! Sim, eu disse delubar a batelia de L. no chão. Pôla!

(Pelaí de novo, né? Pleciso me olganizar e volto daqui a pouco, hoje ainda, né? N. plecisa de apoio emocional. Letolno em bleve, população!)
.
.
.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

"So Soly..." (Palte 3 - Punk Lock Total)


Pelaí. Já vou postar. Pleciso ir ao banheilo, pôla. Já volto.
.
.
.
Plonto, né? Plonto pla continuar, né? Seu honolável Clazy Chinaman Joe tinha palado no ensaio dos Moltos? com as Tlansamazonas, né? Né? Ok ok ok.

Um belo dia os Moltos? encontlalam as Tlanzamazonas fazendo rituais em um bosque de Campinas ("Come, Penis" City - SP - Blazil). Clianças fugiam assustadas, né? Os Moltos?achalam tudo aquilo muito englaçado né?, e convidalam essas meninas peldidas pla fazer alguns shows. Palece que elas topalam, né? Ok ok ok.

As Tlanszamazonas então loubalam alguns pijamas no centlão da cidade e se aplesentalam no apaltamento de N. no holálio combinado, né? Lá se encontralam com os 2 únicos memblos dos M? que tivelam colagem de tocar na vilada cultulal de pijama - L. e N., né?

Seis minutos depois, nossos anti-helóis e heloínas tlansamazonas partilam com seus pijamas blega, do vô, e também da vó/tia/ilmã de 5 anos + alguns ulsinhos de pelúcia, lespectivamente. A namolada de L. e M., a tia adotiva dos M? os acompanhalam, pois já estavam ficando com sono mesmo. Plesencialam o tédio cultulal campineilo desde o nascimento, né? Pôla. Né?

A Chegada

Nada muito especial aconteceu na chegada, né? Eles chegalam, pegalam os equipamentos e folam pala a flente do Sesc Cumpenis, né? Né? Depois montalam tudo, né. L., equipado com uma humilde caixa de batelia, pensava: Eu falei, N., pôla, que não ia dar tempo de montar o suldo. Calalho! Os pensamentos de N., por um outlo lado, se lesumiam em: Caaala, deu vontade de comer cacholo quente. Selá que vai ter algum tiozinho de calinho vendendo aqui hoje? Tomala.

O Show

"No começo achei que ia ser uma melda", disse o honolável N. depois do show, soliso maloto no rosto, tolcendo o pijama encharcado de suor. Achei que só eu e o Loger... só batelia, baixo e voz... achei que talvez ficasse estlanho. Mas a gente felveu, a platéia felveu. Até a polícia felveu. Batendo o cotulno no litmo, manja? Punk Lock total. Essa é a essência dos Moltos?.

Um contlabaixo solitálio começava um liff elástico. Uma caixa com um mini-plato desajustado o acompanhava com um litmo taquicardíaco. As Tlanszamazonas convelsavam com pessoas invisíveis. Um vento flio soplava.

Mais um show dos Moltos? começava...

Bú.

(Continua, né? Né? Ok ok ok)

terça-feira, 20 de maio de 2008

"So Soly..." (Paltes 1 e 2)

Codinome "Crazy Chinaman Joe" diz:

"So Soly, so soly..."

Plecisava pedir desculpas pala vocês. Nosso neulótico memblo N., o escliba desse blog, decidiu agola pelelecar em São Paulo, poltanto o seu honolável Mr. Clazy Chinaman Joe, um dos honoláveis diletoles da M?C se encontla pelante vocês esclevendo...com estlanhos movimentos pelistálticos na língua, mas esclevendo... so soly!

Pelaí. Tenho um complomisso, letorno já já, ok? Ok? Quelo contar pla vocês como foi a pelfolmance dos Moltos? na vilada cultulal campineila. Pelaí, né? Né?

So soly. Já letornei. Ok. Ok. Ok. Ok. Ok. Ok. Vou contar a histólia desde o plincípio, né?

A Moltos?WaterhouseCorpolation glavou e tlanscleveu secletamente (com a ajuda dos exobiólogos da M?C) algumas conversas e pensamentos da equipe M?, né:

"Alô, Loger? Seguints, tô aqui no centlão. Vim comprar pijama. Se você quiser que eu comple algum pra você me dá um toque. Ou você já tem um pijaminha sexy, heim, quelida? Hah. Me liga, tchau."

"Moça, vende pijama?. Ah tá. Não, não, é esses aqui que eu quelo. Esses blega mesmo.". Pelamordedio. Cledo. Que coisa feia. É. É esse. Verde fosfolecente. R$ 13,00. E os botão são ao contlário. Caaala. Os botão são ao contlário. Vou usar com o meu All Star azul, vai ficar horrível. É.

"Alô? Oi, sua fidivó! Hã? Ah, fidivó! Fi-di-vó! Cê não sabe o que é fidivó? Fidivó, manja. Ô vó, tem booolo? Vó, tlaz suuuco? Fidivó. Hah. Mas e aí? Tudo celto? Alanjou pijama? Hã? Moleton? Ah, sei lá, pode, ué. Tá. Então a gente se encontla lá no apê às 8. Beij, tchau." Pôla, moleton? Só eu vou de pijama neld então? Tsc.

(Momentos mais talde...)

"Hahahahahah"
"Hahahahahahhahahahah"
Que coisa feia. Tô holível. Zgghlghlg
Selá que vão leparar que os botãozinho são ao contlário? Glhzswzs
Putz, selá que isso faz mal pra auto-estima? Ah, nens. Tá muito hilálio pra fazer mal. Hah.
Hm. De All Star até que ficou legal. Pijama velde-fosfolescente e All Star azul. Glwsrw
(...) Já sei o lema da noite. É. Vou falar pra galela que a vida cultulal em Campinas me dá sono. So-no. E quem sabe eu ainda componho um som chamado exatamente isso: So-no.

Campainha. R. entla no apaltamento de N.

"Hahahahahhah Zsxlschtlch-ch-ch-ch hahahahahahah ahhhhhh, pijama do vô não vale, L.!!!" Caaala. E eu ainda pensei que eu ia ser a figura mais glotesca da banda. Agora eu vou ser, tipos a outra figula mais glotesca da banda. Hah!

E nesse clima de aleglia e descontlação, os 2 únicos memblos dos M? decidilam ensaiar pelo menos 10 minutos com as convidadas especiais da noite - as meninas perdidas e posteliormente encontladas pela polícia campineila: As Tlansamazonas!!!

(Continua...)




domingo, 18 de maio de 2008

Próximas Atrações...

Oi, população!
Nosso show de ontem na virada cultural foi demais. Em breve o relato completo aqui no blog! O que foi aquele cara bêbado causando destruição godzílica na bateria de R., meu deus!!!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Mortos? e o Chafariz de Groselha

E foi mais ou menos na metade de "I´m Not There", sobre Bob Zimmerman (genial, por sinal, mas há um pré-requisito para se apreciar esse filme: ter aprendido a ler, e aprendido também a ler coisas interessantes), que me lembrei...

Um dos primeiros shows dos Mortos? foi em um bar chamado "Cover Bar", ou "Coven Bar", algo nessa linha. Não havia nenhuma banda tocando, nossos amigos estavam com os instrumentos no carro, e nossos amigos pediam "Sobe lá e toca Jesus! Vai lá! Toca aquela do Jesus!".

Meio estranho o bar. Escuro. Logo na entrada (uma garagem de uma casa), na parede esquerda, havia um chafariz de groselha. Acho que era pra parecer que era sangue. Dâr. É. E também tinha uma escada para o segundo andar da casa. Lá em cima havia uma "pistinha de dança" (na verdade um quartinho escuro, onde meus amigos gays deram seus primeiros beijos). Até que o climinha era legal, não fosse o cheiro de mofo.

Mas do lado de fora do quartinho tinha umas coisas estranhas, cara. Umas masmorras. Sei lá. Como é o nome daquilo. Tipos, tinha uns aparelhos de tortura. É. Uns aparelhos de tortura. Como decoração. Hmm!

Bom, as donas do bar viram que a galerinha tava pedindo um show dos Mortos?. Debateram o assunto entre si. Acho que devem ter gostado do nome da banda, porque deixaram, ué. "Toca lá, então. Mas primeiro faz um set list. É. A gente quer ver o set list." Enquanto ela ruminava essas palavras, meu olhar fixava-se nos dentes da muié.
Meu, a nêga tinha limado, lixado, sei lá, quebrado, não, afiado os dentes. Com lixa, sei lá. Lima. Pra parecer que era vampira. Coven Bar. Cumpenis City. Chafariz de groselha. Interiorrr, ué.

Naquela época os Mortos? tinham 1 ou 2 canções. "Se Jesus Voltar" e "Livre", acho. Então nosso set list tinha um monte de músicas cover-arrgh-ok-respire-fiuu-ok-I´m-fine-now-thanks, mas pelo menos eram covers de bandas alternativas, tipo Violent Femmes. Tinha umas do Pearl Jam também.
Bom, entregamos o set list pras nêga. Mas elas começaram a, tipos, riscar essa, "Ah, não gosto dessa", riscar aquela, "Ai, essa é chata", e riscaram Blister in the Sun. Duvido que conhecessem. Sacrilégio. E meu, que dentinho fei.

Os Mortos? nem tinham nascido direito e já tavam sendo reprimidos. Pôrra.
Dá nada. Subimos no palco e começamos o show pelas músicas riscadas. Se aquela nêga podia sair na rua com o dente lixado, você acha que os Mortos? não podiam tocar o que quisessem? Ah vá.

Hum. Cortaram nosso show no meio. Expulsos. Saímos xingando. Pôrra de bar. Masmorras. Aparelhos de tortura. Dente lixado. Não, não. Dente lixado?

E foi então que naquela madrugada sombria a maldição dos Mortos? caiu sobre as nêga do dentinho. Bú. Pouco tempo depois o bar fechou. Assim como La Nave Gula, Pachá e Cidade Lírios, bares que já haviam previamente provocado nossos anti-heróis, Coven Bar (aquele do chafariz de groselha) foi pro saco. Vai com Deus, Coven Bar!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Máfia Gospel, a Lavagem Cerebral de B., e outras Ruminâncias



Sábado à tarde. Ensaio dos Mortos?. Tentando fugir do marasmo e conseqüente morte existencial, nossos anti-heróis se embrenham no coração de uma das praças da cidade, a Praça Carlos Gomes.

Poucas pessoas passeavam pela praça, repleta de árvores gigantescas, centenárias. Enquanto tentávamos decidir qual o melhor lugar para tocar, uma estranha aproxima-se. Um ponto de interrogação familiar flutua sobre sua cabeça. "Vai ter música? Vocês vão tocar, é?". "É. Vamos.". "Ai gente, então vou pra casa tomar banho e já volto."

A-do-ro.

Escolhemos montar nosso palco imáginário embaixo da maior árvore. Enquanto plugávamos fios embaraçados e ligávamos nosso amp-móvel Frahn 500 com bateria embutida (geralmente utilizado por crentes para cultos em praças como essa), um sorveteiro aproximou-se. Há quanto tempo não via um sorveteiro de tão perto... O último que havia visto foi um tiozinho que passava todas as tardes pelo meu bairro e tinha fama de pedófilo. Bom. Voltemos aos Mortos?.

Começa o show. Quer dizer, o ensaio. Quer dizer, o show. Ah, quem ia saber que era ensaio?

Puxei canções não tocadas há algum tempo, "O Que Eu Sou", "Perspectiva de Vida", "Na Hora" (que ganhou um verso extra em homenagem ao caso Isabella), "Torcicolo", "Cachorro do Povo", e "Doente", entre outras.

Todo tipo de gente passava pela gente. Casais de velhinhos, de lésbicas, pastores nas horas de folga, 1 casal de viadinhos, adolescentes perdidos por aí sem nada pra fazer, casais passeando com os filhos, etc etc etc. Alguns se instalavam em bancos próximos ou se congelavam por alguns momentos diante de nós com aquele já conhecido ponto de interrogação entre as orelhas. Os bêbados, como sempre, alinharam-se com R., reforçando a "cozinha" com instrumentos de percussão e guitarras invisíveis. E macacos me mordam se eles não reforçaram a banda no refrão de várias músicas.

Pontos altos: O sorveteiro aplaudindo, "recramano" que tinha que ir embora. Os bêbados cantando. As crianças também. As lésbicas não, pareciam ocupadas (mas durante beijos apaixonados batiam o pezinho no ritmo que eu vi). Sei lá, não é sempre que você se envolve em uma mesma atividade com velhinhos, crianças, lésbicas, viadinhos e bêbados.

Isso sem falar na máfia envangélica que apareceu sorrateiramente. Quando tomei consciência da situação, B. já estava encurralado por 2 indivíduos de terno evangélico-style, seu olhar dizendo "Socorro Niltão.". Primeiro achei que o cara queria beijar B., porque já tava quase beijando mesmo, mas então consegui discernir as palavras ditas em voz baixa, traficante-style: Vocês...vocês tocam rock gospel? Qualquer coisa gospel?". "Nens.", respondemos. "Ah tá. É que tamo precisano ali na igreja, ó...

Olhei na direção em que apontava e dei de cara com o ex-cinema pornô transformado em um templo evangélico. Olhei rapidamente para B. e R., gritei "1, 2, 3!!!", puxando a histórica "Se Jesus Voltar", uma canção que é praticamente um repelente contra fanáticos e afins. "Se Jesus Voltar" foi composta em homenagem às testemunhas de Jeová que me perseguiram durante um tempo, chegando a invadir meu quarto (o meu quarto, onde eu durmo, dentro da minha casa) às 7:00 em um domingo de manhã. Ach.

Subi no banco, pulei, corri, dancei, me imaginei num palco gigante tocando pra 60.000 pessoas. Tocamos alguns clássicos também: "Shopping Não", "Buraco", "Ressaca" (os bêbados puxando o refrão), e "Merda" (os velhinhos adoraram). Suei. Berrei. Fiz careta. A-do-ro. Naquele momento eu era um Rock Star, baby. Ou você não sabia que o Rock´n´Roll exorciza qualquer vestígio de inexistência? Um dia você devia experimentar também.

Encerramos o show, quer dizer, o ensaio, quer dizer, o show!, com "Moringa", um novo hit dos Mortos?! No vídeo deu pra capturar algumas poucas imagens dos poucos seres humanos que nos acompanhavam. Crianças, seus pais, e o pastor evangélico cantando o refrão.

* Não perca no final do vídeo a incrível performance de lavagem cerebral que tornou B. uma celebridade entre as tribos amazônicas. Essa performance de B. irá mudar a sua vida, o seu jeito de olhar para a realidade. Não perca! No final do vídeo! B. aprendeu esse ritual com seu mestre Shamânico Zugazambuiatanga durante a sua pesquisa de mestrado em cima de uma árvore na Amazônia.

Bom, esse foi mais um encontro dos nossos anti-heróis com ocasionais crises da Síndrome de Peter Parker...beeeejo tchau!

M?

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Espelho Urbano - Mini-doc PUC Campinas



Nesse mini-documentário realizado por alunos do 4o ano da PUC Campinas (Reportagem - Angélica Reis; Edição de Texto - Fausto Pereira; Edição - Arthur e Edison), o bagunceiro N. dos Mortos? aparece como personagem urbano. Ao lado dos inseparáveis C., K., F. e B., conta uma breve história de como a banda surgiu. É necessário enfatizar que todos os membros da banda sofreram um ataque repentino da Síndrome de Peter Parker e ga-ga-ga-ga-gue-ja-ja-jaram-ram um pouco.

sábado, 3 de maio de 2008

Shit and I are One



Carta enviada internacionalmente por codinome Poor Chinaworker Charlie, M?C CEO

Não que isso importe, mâs... olá, população.

Agora pouco estava conversando com meu amigo K, sobre os shows da organização "Mortos?". K. disse: "Eu sou doido, spacedoido!" Não entendi bem. Entretanto, após alguns minutos, entendi.

K. adicionou: "Na próxima vez, faremos o "Moi, je suis Chunkie". Depois, foi a maior confusão porque eu disse "Espero que os Mortos? bombem", e K. respondeu "Espero que eu não bombe", mas eu também não entendi direito. Problemas linguísticos, já tô em exílio na Confuckingchinchina há algumas décadas. Bom, aí fui tomar iogurte. Depois fui no banheiro. Depois esqueci o que eu tava fazendo antes.

Só sei que no final K. concluiu que a M?C não deve se preocupar, porque "Enquanto eu estiver nas catacumbas verei todos os vídeos...depois ,sairei como uma fênix alienígena e avassalarei os vivos deste planeta...". Fiquei mais tranquilo, não fosse pela sensação de ter esquecido o que eu ainda tinha que fazer.

Foi então que decidi ir à pé até o próximo Subway. Bufando na metade de uma subida-do-caralho, avistei um outdoor que dizia algo como: "Um dia você também pode ser uma personalidade. Estude na nossa universidade, blablabla."

Ofegante, arrastei-me morro acima refletindo sobre a personalidade de alguns conhecidos: "Ah, essa bem que tá adiantadinha, fala inglês, deve ter lá o seu 1/4 de personalidade; bom, esse outro tá devagar: começou bem (0,7) mas levou um pé na bunda e voltou a chupar o dedo aos 19 anos. Hoje sua personalidade se resume em centésimos; humm, esse também... e esse. E mais esse. Ahn, essa outra tava até que bem também (em um contexto de personalidades galináceas e bovinas), mas aí fez comercial das Casas Bahia mal pra cacete e caiu no negativo.

Após devorar meu sub de atum com cebola, concluí algo terrível. K. pode estar sofrendo do mesmo mal do qual sou portador há muitos anos: A Síndrome de Peter Parker. Principal sintoma: você só se fode. Ok, um ou outro te chama de herói, mas não adianta. Você só se fode. E por que você tem que se foder tanto, pôrra? Bom, na segunda tem encontro da A.P.A.S.P.P. (Associação dos Portadores Anônimos da Síndrome de Peter Parker). Vou perguntar pra moça se essa pôrra é contagiosa.

Na volta pra casa, reparei numa cooooisa, meninaaa: como tem gentem pelamordedeusando por aí, néam? No trânsito, nas ruas, nas construções, nos busões, nos puteiros, atrás dos balcões, nas rodoviárias, no governo, nas salas de aula, e em importantes reuniões do primeiro ao último andar daqueles prédios tipo apocalípticos. Meniiiina, é o apocalipse mermo.

Mas o que mesmo eu tinha que fazer? Pôrra, não lembro.
.
.
.
.
.

Ok. Não que isso importe, mâs... lembrei: escrever mais no blog, desintupir a pia. Parar de pelamordedeusar. Ligar pra minha amiga Polly. Arrumar o pneu da bike. Fazer uma catação nos milhões de papeizinhos naminha gaveta. Tomar resfenol, tô podre. Ligar pro meu amigo Fidivó. Escrever uma grande-reportagem sobre os Mortos? com uma abordagem jornalística-literária. Tirar os cabelos grudados nas moedas na meia-garrafa pet de guaraná que uso como cofrinho. Colocar no blog o mini-documentário que os alunos de último ano de jornalismo da PUC Campinas fizeram sobre os Mortos?.

Cadê o resfenol, pôrra.

Não que isso importe, mâs... tem um elefante dentro da minha cabeça.

Cordialmente,

"O Pobre Trabalhador Chinês Charlie"
M?C CEO (Deep Psychology Department)

terça-feira, 29 de abril de 2008

A MORTE DE N.



Nesse vídeo inesquecível:

* Membro fundador dos Mortos? morre no palco

* Ritual suspeito perante público campineiro

* A população reage

* Relatos sobre a vida pós-morte (inédito)

* Filhotes de cruz credo são encontrados

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Mortos? Adquirem Novos Brinquedos

Enquanto o vídeo proibido é editado, a M?C proporciona fotos dos membros N. e C com seus novos brinquedos:



Olha a alegria da criança...agora não pára mais quieta. Fica pulando pela casa.




E essa outra criança chora se tiver que dormir sem o seu novo brinquedo... além disso, ainda fica babando pela casa.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

M?C DE LUTO

A Mortos?WaterhouseCorporation ainda está de luto pela morte de N. A organização está abalada. Assim que nos reestruturarmos, publicaremos o post sobre...

A

MORTE (ARRRRRRRGHGHHHHHHHHHH)

DE

N.

Carinhosamente,

M?C (Exobiology Department)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Em Breve Neste Blog...

MEMBRO DOS MORTOS? MORRE NO PALCO

Mais detalhes no próximo post.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Mortos? Invadem Hammer



Os Mortos? agradecem macabramente o convide dos Killers.

ObRiGAAAdOOOO, KilEEEErrrrsss

Foi o Osvaldão que me ligou e convidou os Do-Além. Valeu, Osvardo! Foi bom te reencontrar numa noite de rock´n´roll.

Alguns comentários após o show ainda passeando na minha cabeça, de vários indivíduos presentes no bar de rock/heavy metal "Hammer":

"Vocês mudaram o clima do bar. Foi do caralho.".
"Meu, é muito bom ver coisas novas nessa cidade".
"Não consegui definir vocês.".
"Que horas são, pôrra?".
"Vocês tem namorada?".
"Quem for da banda pega a comanda na portaria depois.".
"Manda o vídeo pra mim depois, por email. Vou colocar no site do bar.".

É desnecessário mencionar que a música dos Mortos? não se encaixa em estilo nenhum, portanto nossos anti-heróis estavam um pouco apreensivos. Mas por motivos ainda desconhecidos para a banda, foi como se uma conexão muito antiga entrasse em ebulição. Incendiando a noite. Como os Pistols. Como os Femmes. Como Picasso. Como Lou Reed e John Cale. Como Thoreau. Como Denise Stoklos. Como Vandré.

Talvez tenham se identificado com toda a rebeldia, conflitos existenciais, e ironia que permeiam nossas canções.

Talvez.

E mais uma coisa. Não se esqueçam que nossos ilustres amigos Geddy Lee, Alex Lifeson, e Neil Peart (RUSH) (3a maior banda em vendas depois dos Beatles e Stones) começaram a carreira abrindo shows pro Kiss. Tcharaaaam.

Site dos Killers aqui.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

André e Itamar na Janela do Busão



Documentário interessante feito por alunos do 2o ano da Puc - Campinas. Humaniza 2 personagens fundamentais no transporte de muitos campineiros: André e Itamar.

Entre os estudantes, a Mortos?WaterhouseCorporation destaca Aninha, que tocou com a gente na entrada da virada cultural no Sesc e acabou saindo no nobre Correio Popular e na EPTV. Uau. Haha, sabia dessa, Aninha?

Cordialmente,

M?C (Gynecology Department)

PRÓXIMAS ATRAÇÕES


* Mortos? abrem show para Killers (Kiss Cover) e fazem conexões com a Máfia Metaleira Campineira. Imperdível.

Em breve!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"O Maligno Watakushi Chunky"

Nas imagens deste vídeo podemos presenciar a manifestação dos poderes tele-neuro-tubi-páticos malignos de "O Maligno Watakushi Chunky". OMWC assume o controle da mente de um Fã-Mirim dos Mortos? e o obriga a apreciar sua poesia japonesa quietinho e sem o dedo na boca.

OMWC está faz parte da equipe dos Mortos? há muitos anos. Seu aniversário foi no dia 5/04. A M?C presta homenagem ao nosso anti-herói poético-esquizo-búdico-gafiêirico postando o vídeo de sua mais recente performance. Muitas pessoas morreram para que essa obra chegasse até você, leitor. Então assista quietinho e sem pôr o dedo na boca.

M?C (Pediatrics Department)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A Famosa Entrevista com F.

F., multi-instrumentista dos Mortos? concede uma rara entrevista, discorrendo sobre uma de suas criações frank-micro-musicais. E ainda demonstra que é um bom garoto encerrando a entrevista porque sua mã estava chamando. Confira.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Os Pilares da Engenharia do Talvez

Talvez a única escolha seja mesmo nos submeter às forças da natureza. Talvez o vento exista para levar. Talvez o rio exista pra arrastar. E talvez seres criativos existam para arquitetar represas, resistências, redirecionar forças.

Talvez devêssemos projetar paredes mais sólidas. Novos modelos de asas-delta para redirecionar o vento. Perder o chão por alguns momentos. Talvez devêssemos construir embarcações para poder também subir o rio, ou navegar em sua correnteza com mais consciência. Talvez.

Talvez já esteja tudo decidido por nós. Talvez nossos destinos já tenham sido esboçados no mapa mental de algum sábio interior. Talvez não adiante criar. Talvez seja melhor se conformar, adaptar, deixar-se levar. Ou não. Talvez cada pequena decisão importe. Talvez isso traga toda a responsabilidade por nossas vidas a nós mesmos. Talvez não seja possível culpar deuses e demônios por nossas maravilhas e desgraças. Talvez não gostemos de assumir que somos nós os engenheiros desse mundo cheio de trincas.

Talvez seja difícil ver. Muito mais compreender. Talvez eu veja meus amigos hoje à noite. Talvez haja um feriado na semana que vem. Talvez eu tenha um calendário perdido em algum lugar. Talvez eu mude radicalmente de carreira. Talvez. Talvez eu abra a gaiola e solte meu coração. Talvez eu chute o barraco. É. Talvez. Talvez eu sobreviva. Doce vitória, talvez. Aventura, talvez. Mas talvez haja indecisão. Talvez eu perca o foco. Talvez venham mais derrotas.

Incertezas? Talvez. Minha única certeza é a incerteza, muchacho. Esse é o princípio da incerteza. Já o fim talvez esteja perto. Mas talvez também esteja longe.

Como vencer? Peraí...quer dizer que comprar um par de Nikes você já comprou, né, mas não sabe a resposta para a questão existencial mais importante de todos os tempos? Victoria, a deusa do triunfo na literatura romana, ou Nike, para os gregos, já tá de saco cheio de repetir:

Vai lá e faça o que tem que fazer, pôrra. Just do it. E pare de reclamar.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Mortos? Refletem Perante Platéia (Partes 1 e 2)

Durante o show de ontem no evento "Música que Rola", no Dali, nossos heróis diminuem um pouco o pulso da canção para refletir sobre sua eterna in-existência. Pontos de interrogação flutuam nas mentes da população campineira presente. Rostos bem conhecidos, nem tão conhecidos, e novos. Sorrisos muito vivos, meio-vivos, e não-vivos. Começa "Shopping Não". Nossos heróis, que geralmente se materializam na rua, entre buracos, congestionamentos e seguranças-mal-pagos-de-shoppings-locais, refletem sobre o momento...



Despedindo-se da querida população, los queridos "Muertos?" proclamam...
Amanhã eu vou...ACORDAR DE RESSACA.
(E Paulo Plâncton repetia o refrão...porém...no dia seguinte...)

Mortos? no Música que Rola


Hoje ainda serão postados vídeos dos Mortos? no "Música que Rola", evento organizado por Kbelo e Neto, com o apoio de Paulo Planta. Mas deixa eu acordar primeiro, pô.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Ashtar Sheran, Fogueiras e Outros Combustíveis




Na hora (pra Marininha, na penumbra, às 2 da manhã dessa sexta)

Bem na hora em que eu ia me jogar nessa lagoa suja de vez
Bem na hora em que eu ia mergulhar de cabeça bem na frente do busão
Bem na hora em que eu ia ser pra sempre um velho doente
Bem na hora em que eu ia me auto-medicar
50 comprimidos pra minha dor passar...

Amiga
Você apareceu na hora

Bem na hora eu que eu ia esmurrar a parede e judiar do meu cão
Bem na hora em que eu ia trocar o meu amor por mais um litro de cachaça
Bem na hora em que eu ia virar psicopata e matar os meus pais a pauladas
Bem na hora em que eu ia trair o meu país
Vender meu coração

Amigo
Você apareceu na hora

Quando escrevi esta canção pensava naqueles momentos em que percebemos que...fodeu. Lembrei de amigos e conhecidos que, em situações desse tipo, se auto-condenaram ou à morte (alguns conseguindo outros não), ou a serem vítimas pra sempre, ou que descarregavam toda a sua raiva perante à vida nos outros, ou que bebiam e se drogavam tanto que ficavam insuportáveis. Lembrei também da Suzanne Richthonfen. Dos nossos políticos.

Lembrei-me dos meus próprios momentos em que...bom...

É.

Lembra dos seus?

E é incrível como os amigos aparecem em momentos como esses, às vezes até na última hora. Quando achamos que...bem...que fodeu, digamos.

Os amigos de verdade. Aqueles que aparecem de repente. Na hora.

Shazam.

Cadê vocês?

Cá estou eu. Sim! Cá estou eu!

Morando sozinha em São Paulo, estudante de Direito no 4º ano - "quase uma advogada!"- estagiária no jurídico de uma das maiores empresas de comunicação da América Latina e...
e... o que?
e nada!

Nada de me comunicar... Nada de ser advogada... E nada parecido com o que essa panca toda pode passar...

Eis que surge um, como tantos outros antes deste, e-mail de uma pessoa distante, que ainda tá lá dentro de mim, nadando em tudo aquilo que, às vezes, eu ainda me pergunto se ainda tenho; um e-mail que eu não posso responder, porque o grupo de e-mails assim decidiu – vai entender ; um e-mail, como tantos outros, que eu acho que eu não devo responder, porque não é para mim. Tudo faz tanto tempo, tudo tá tão longe, será que ainda lembram de mim assim? Será que eu ainda lembro de mim assim??

No e-mail tinha um link, como tantas outras vezes eu vi o link. São dez da manhã na empresa - nossa, faz tanto tempo que eu não entro nesse blog!.

Brainstorm: imagens, cheiros, lembranças, idéias, sonhos, decepções, Ash Tar Sheran, fotos, fogueiras, picadas, vento.

Não! Eu nunca li esse blog!

Voltei no primeiro post. Li todos. Alguns, novamente. Outros pela primeira vez. Todos, com uma ânsia, uma “esperança última que morre” de preencher aquele vazio chato que insiste em morar em mim. Os Mortos? estão sempre em todos os lugares. Muitos dos lugares que eu deveria estar. E, mesmo assim, me parecem escapar por entre os dedos. Se eles se materializam quando você menos espera, parece que a linha imaginária se transforma numa parede, se você espera demais.

Mas porque esperar?

Vocês já leram seu próprio blog assim, inteirinho, de uma vez só, num dia só? Bom, eu li. E ele causa um efeito colateral impulsivo, quase que como uma convulsão, que vocês não advertiram. Parece aquela vontade incontrolável de vomitar ao ver um copo de tequila quando se tem ressaca, aquela vontade de gritar ao bater a ponta do cotovelo na quina da mesinha – pra que serve aquela mesinha? – com o vaso de flores. Preciso de uma das injeções mágicas do Carlão? De leite de cabra?

Não. Preciso falar. Me mexer. Abraçar apertado, morder e rir muito, mas muito mesmo.

Lembrei de um dia na casa antiga do Conde. Sem luz, sem sofá... só vela, Mortos? violão e alguns combustíveis, porque sem eles, ninguém funciona. Meu, como foi divertido. Lembrei do “Moth Man – Homem Mariposa” – o qual, by the way, não aparece no blog. Lembrei de tanta, mas tanta coisa! Senti tanta, tanta coisa.

Então, nesse espírito de pra-que-esperar-depende-de-mim-preciso-falar-expressar-gritar-sussurar-contar-opinar, resolvi dizer que sinto muita falta de todos vocês! Que me emocionei muito com o re-econtro da formação original. Que me diverti muito com todas as trocas, substituições e aquisições de todas as formações seguintes! Que me orgulho orgulhosamente muito de dizer que, sim, eu conhecia eles bem no comecinho, e era igualzinho. Essa sede por verdade, liberdade, originalidade, besteridade... iNgualzinho!!

Bom, então é isso! Queria que vocês soubessem...!

E se vocês não lêem comentários?

Linda.

You rock, Marininha.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A Sangrenta Batalha Contra o Crítico Interno - Episódio I

Vento brando. Enormes copas verdes pra trás, pra frente. Movimento. Vegetação ondulante. Vaquinhas comendo lá longe. Solzinho gostoso. Rio brilhante.

Essa é a Fazenda São João. Destino de muitas de minhas fugas do frenesi capitalista. Fortaleza. Acolhimento. Proteção. Alívio. Árvores gigantescas com folhinhas sensíveis a sopros suaves da tarde.

Vejo uma trilha que nunca havia notado. A vida tem dessas coisas. Coisas que nunca notamos.

O chão, de terra pisada e úmida, era gelado em meus pés. Frescor. Mais alívio. Plantas menores passavam por mim, ao ritmo de meus passos, despreocupados então. Hah. Na minha imaginação sou criador, posso tudo, até isso: andar despreocupado. Surgiu então uma pequena clareira. Grama de cor diferente. Verde mais diluído.

Hesitei levemente. Lembrei-me por que estava ali. Deveria confrontar meu Crítico Interno. Descobrir o seu nome. Face Vader you must, Luke.

De repente, sem vento. Árvores imóveis. E só então percebi que havia pássaros cantando o tempo todo, porque naquele exato segundo fez-se silêncio absoluto. Então pude ver, por entre galhos e folhas secas, algo como uma figura disforme materializando e desmaterializando-se alternadamente. Tinha muitos rostos, mas não se discernia nenhum em particular. Muitas vozes, também. Medo. Hah. Tsc. Isso é apenas um exercício de visualização criativa. Não dói não, né...?

Lembrei-me da Reagan, de "O Exorcista". Credo. Noooites sem dormir. E hoje, será que não vou dormir de novo? Sossega, cara. Acordei às 4:00 da manhã, pôrra.

Ok, vamos lá.
Qual o seu nome, ó terrível Crítico Interno?

A TIIIAAA REGIIIIIINAAAAAA DA PRIMEIIIIIRAAAA SÉÉÉÉRIEEEEEE, grunhiu uma voz de trovão.

O NIIIIILTOOOON PAAAAAAAIahhh, ameaçou-me outra, gutural, ao mesmo tempo.

O BIIIICHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO, satanizou em um berro apocalíptico simultâneo uma outra cabeça sem rosto.

-- Ah, você. Falaí, Bicho, que que tá pegano?
-- FAAAAAALAAAA

Ele me lembrava do demônio da Tasmânia, aquele do Pernalonga, com uns tornadinhos à sua volta.

-- Então, mano. Tô te dano férias.
-- FÉÉÉÉÉRIAAAAAAASSSSS? COMOOOO ASSIIIIIIIM? MAS REMUNERAAAAAADAAAS?
-- Cara, toma aqui, vai pra Bahia, seu Fídivó. Passagem só de ida. Pega aqui tamém o dinheiro pra cachacinha. Eu te mando um email assim que precisar de algum tipo de senso crítico. Mas já te adianto que vai ser só trampo light. Light, ok?
-- NAAAAAAAAAASSSSSAA, FUUUUUIIIIIII, VÉÉÉÉÉÉÍOOOOOOOOOOOO. AAAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGGGHHHH BLAAAAAAAAAAHHHHH BLUHHHHBLEBLEBLOHHHhhhhhhhhhhhhhhh...

blob
blob
blob
.
.
.

A M?C diz: CÓ

Aproveitem o galinho, população. Ele tem efeitos colaterais anti-depressivos. E logo vai pra panela, pois adotaremos um layout que nem existe ainda. Encontra-se no momento em criação pela M?C (Fashion Department).

Com carinho,

Mortos?WaterhouseCorporation

segunda-feira, 24 de março de 2008

Mortos? vs. Jacko (Parte 1)

Michael diz:

"Music and Me"

We've been together for such a long time now
Music, Music and me
Don't care whether all our songs rhyme
Now music, music and me

Only know wherever I go
We're as close as two friends can be
There have been others
But never two lovers
Like Music, Music and me

Para a tradução das letras, consulte: http://letras.terra.com.br/michael-jackson/118992/ , porque pôrra, não tô a fim de ficar traduzindo não.

A Mortos?WaterhouseCorporation diz:

PS - É praticamente uma covardia atacar Mr. Jacko hoje em dia. Mas a gente dá uma canjinha, vai:

Jacko usava codinomes quando xavecava amiguinhos em suas canções. Em "Music and Me", particularmente, referia-se ao seu petisco como "Music". Por exemplo, se Jacko estivesse a fim de comer algum moleque, gostava de impressionar o garoto com:There have been others/But never two lovers/Like Music, Music and me.

Quando a coisa ficava mais séria, Jacko entoava em pianíssimo: We've been together for such a long time now/Music, Music and me.

E quando ainda não tinha catado, Jacko xavecava pagando uma de best friend: Only know wherever I go/We're as close as two friends can be/Now music, music and me.

Jacko.

Seu negão safado.

Mortos e O TERRÍVEL DEUS DO FOGO

Darth Maul atacando os Mortos?
Um adolescente incendiário?
Um vaga-lume em LSD?
Não.
É ele...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Imagine uma Linha Imaginária...

Entre o povo e os Mortos? existe algo. Algo difícil de discenir à luz da noite. Ou na penumbra do dia.

Ontem tocamos para estudantes e funcionários da Esamc, e esse algo era doce. Sinta seu sabor no vídeo do post anterior. Fricção entre performers e platéia. Pele com pele, embora toques tenham sido desnecessários. Sorrisos. Corações pulando como pipocas. "Eu fiquei cantando 'Paranóias' o dia inteiro.", sorriu uma das meninas com quem conversamos após o mórbido show de hoje. Ela foi uma das protagonistas do vídeo de ontem. Pô, devia ter perguntado o seu nome.

Ela e sua melhor amiga são filhas de uma funcionária da Esamc que ficou até quase meia-noite lá com a gente (ontem e hoje também, apesar de ter aparecido só depois do show já ter acabado). "E ela ficou cantando no busão também, cara. Naaasssa.", completou o protagonista da equipe dos meninos. Se pudessem, nossos heróis finados (quem são os heróis finados? Os Mortos?, pô!) tocariam pra essas pessoas todo dia, à meia-noite, na saída do trabalho. Pelos sorrisos. Pelos corações pulando como pipocas. Pela linha inimaginária que não as manteve distantes, e também não impediu que a moradora do prédio do lado da Esamc deixasse sinais de fumaça nos comentários do post passado.

Bom, os Mortos? pulam corda com linhas imaginárias pra chegar mais perto de vocês, trabalhadores, estudantes, gente nova, gente mais antiga, mães, filhos, (pais nem tanto porque pais são consideravelmente ausentes), primos, primas, motoristas, pessoas que não estão se sentindo bem no momento, pessoas que estão dando risada sozinhas no momento, pessoas achadas e perdidas por aí nas ruas, andarilhos, bêbados, caretas, religiosos, ateus, seguranças e até assaltantes, como os 2 de hoje. (Não se preocupem, esses eram apenas aspirantes a bandidos. Os Mortos? olharam feio e eles fugiram). Bú.

Voltando às linhas: nosso melhor momento de hoje foi quando o membro #84984 (Chucky, o Boneco Assassino) pulou a cerca, quer dizer, a linha imaginária entre os Mortos? e o povo e chegou um pouquinho mais perto de vocês. Vocês, estudantes, andarilhos, viajantes, achados e perdidos, astronautas alienados ou não. Vocês, religiosos, ateus, caretas, bêbados, seguranças e foras-da-lei. Vocês.

Vocês estavam tão longe. Ficamos imaginando por que. Imagine uma linha imaginária a 15 metros de você. Longe. Nos dividindo. Ontem, tão perto. Mas longe hoje. Divisora.

Peraí. Estou divagando sobre relacionamentos ou sobre o show de hoje? Alternativa "c" é a resposta, pois ambas "a" e "b" estão corretas. Naaasssa.

A verdade é que algumas pessoas são mais próximas em relacionamentos. Gostam de ficar mais perto da gente. Sabe aquele namorado que te tocava mais, te olhava mais, te mordia mais?...ou aquela namorada que adorava te dar abraços longos, te olhar com tesão, aquela que ria mais... aquela que era tão próxima que você não se sentia sozinho nem estando longe? Hmm.

E sabe aquele amigo que te tem tão no coração que te chama de irmão? Ou aquele estranho que te olha tão de coração aberto que você ficar pensando..."Pooutz, de onde eu conheço esse ser?" Hmm.

Algumas pessoas vivem mais perto de nós.

Pessoas assim são difíceis de esquecer.

E platéias assim são difíceis de esquecer.

Ontem e hoje. Ontem, fricção, tesão. Hoje, quase ficção. Salvo breves momentos, você quase inexistia. Linhas imaginárias te confinavam a seu próprio mundo, um lugar seguro em sua própria constância.

Tão difícil de entender. Como você pode mudar tanto. Mas não desisto. Busco-te. E vou te encontrar. Em algum lugar por aí. Algum dia. Você, esperando no ponto de ônibus, com saudade do seu amor, ou em fuga, sozinho, sem grana.

Ou você, segurança, trabalhando até meia-noite, você, mãe que ama as filhas, ou você, filha sem mãe, perdida, chapando, você, que nunca disse não, ou que se aliena pra não ter que pensar, e você que tem tanta vida dentro que pula como pipoca, você, que tem sonhos e brilho nos olhos, ou você que já perdeu o brilho, ou esqueceu como é ter brilho, você, que viveu muito e adora agüar as plantas, você que adora dias de chuva, você que se fascina com o perigo, você que é agressivo com os outros, você que gosta de manipular, você que se revolta e grita, você que é da paz, você que sorri, você que disfarça quando chora, você que adora abraçar todo mundo, você que abraça os outros de longe pra não encostar, você que adora assistir novela, você que não suporta, você que tem TOC, você que tem pânico, você que tem fome mas não sabe do quê, você que concorda pra não brigar, você que ri de tudo, você que chora por nada, você que está triste hoje, você que não tá nem aí, você que planeja, você que improvisa, você que vai embora e deixa tudo pra trás, você que está com torcicolo de tanto olhar pra trás, você que trabalha demais e não vive, você que pensa na vida antes de dormir, você que adora cozinhar, você que odeia, você que olha pra cima e fica cheia de dúvidas sobre o universo, você que fica com os olhos úmidos às vezes, você que tem ataques de risos incontroláveis, você que busca algo mais, você que não consegue dormir às vezes...você.

Você, população.

Não se mexa. Já tô saindo. Daqui a pouco tô aí.

Deixa eu pegar meu mapa de linhas imaginárias.

terça-feira, 18 de março de 2008

PARANÓIAS na ESAMC!!

De repente a noite era fria. De repente 2 velhos amigos migraram de São Paulo a Compenis City. De repente velhos amigos enforcaram aula na faculdade, atrasaram em encontros apaixonados. De repente todos esses seres se encontraram secretamente no coração do interior de São Paulo.
E de repente os Mooooortos? estavam na frente da ESAMC cantando seus blues brasileiros.

segunda-feira, 17 de março de 2008

NOVO LAYOUT

Galera, em breve o novo layout do blog. Na verdade será o primeiro. Esse é o que já veio como modelo. Que tosquice. Mas tosquice de vez em quando faz bem. Mortos? prometem uma atmosfera sexy no Shopping Não, ok?

Beijos e abraços, Querida População.

PUTA QUE PARIU, viu...

Querida População,

Bom Dia. Os Mortos? acordam.

Nosso show de sábado na Feira Hippie foi filmado por Paulo Planta, jornalista campineiro, torcedor do atlético e gente boa. Planta escreve no Papo que Rola. Passem lá! Tem um post com vídeos do nosso último show na Feira Hippie e uma entrevista com final feliz.

Paulão informa que o Projeto Música que Rola, que conta com apresentações de muitos músicos de Cumpenis City irá se materializar novamente no Dali. Bora?

Bom, eu li no Papo que Rola algo que me horrorizou mais ainda em relação ao cenário musical da nossa cidade. Sobre Músicos e Diaristas, uma coluna que o jornalista já havia escrito no Diário do Povo. Nem digo nada. Corram lá e leiam. Tem bar pagando menos do que o salário de um diarista. Puta que pariu, viu.

Deixei um outro comentário que vale a pena ser dito aqui também:
( já tá lá no blog do Paulo, então aqui vai miúdo)

fico imaginando o que os ramones, os violent femmes, ou o raul diriam disso.

nossos músicos campineiros, que 99% das vezes começam a carreira tocando em bares, vêem-se obrigados a satisfazer o proprietário do bar tocando covers encomendados (geralmente os que "vendem" mais) e sendo desvalorizados com cachês tragicamente cômicos. isso despersonifica qualquer vestígio de expressão artística verdadeira/sincera.

nossos músicos encontram-se vendendo gingle-covers e tocando solitários enquanto clientes os ignoram (ok, há aplausos ocasionais quando o gingle-cover é um hit de alguém famoso). fico pensando o que os difere de um cd player.

pessoas de talento sendo transformadas em cd players para poderem expressar a sua "arte". isso parece cena de ficção futurista. tragédia.

o que diria bob dylan desse fenômeno social? ou geraldo vandré? parece que antigamente as pessoas cantavam por outros motivos... cadê a música brasileira, pôrra? só vejo cd players, e antigos ainda, caralho. somos mais que isso? cadê, então. puta que pariu, viu.

Não é que Mortos? condenem ao lago de fogo e cheiro de enxofre qualquer tipo de covers. 2 membros de nossa organização se divertem tocando jazz anos 30 durante entrevistas em que eu critico o predomínio de covers nos repertórios de hoje. Como disse sabiamente B., "Se Russo Jazz Band é cover, o que é a orquestra sinfônica de Campinas"? Hah! Moral da história: se você vai tocar covers perante a população brasileira, seja punk o suficiente pra tocar covers originais e significativos. Inove. Deixe a sua marca. Porque, acredite ou não, a música é a expressão do que você pensa, acredita, sente.

Mas os Mortos?, insaciáveis, em plena fuga do cemitério, em busca de cérebros, beliscam a população e perguntam: você pensa por si próprio ou só repete o que os outros dizem?

Mortos? Assustam Paulistanos - CUIDADO

Um belo dia estávamos entediados.
"Vamos tocar em São Paulo", divagou N.
"N., acho que você esta com aquela tendência suicida de novo, cara", transparenciou B.
"Tá maluco?", exorcizou R.
"Eu sempre fui maluco", confessou N.
"Nisso você está certo", acrescentou B.

Então fomos. E subliminamos nossas tendências suicidas juntos. E a população até que gostou da idéia...

Suba você também no poste. E cante, grite, exorcise.

sábado, 15 de março de 2008

Acredite Se Quiser #8

* Enquanto N. se auto-sacrificava-mutilava-oh-my-god dando uma entrevista para o documentário sendo realizado por uma equipe de estudantes do último ano de jornalismo da PUC - Campinas, afirmou com orgulho que os Mortos? se recusam a tocar músicas cover.

"Não condenamos quem toca covers. Mas escolhemos fazer o que ninguém faz: tocar somente músicas próprias. E tocamos na rua. Os bares não permitem isso em seus ambientes, pois não acham essa atitude "benéfica" para venderem mais. Mas os Mortos? dizem: fodam-se o bares repressores. Foda-se a indústria cultural."

Mal sabia N. que logo atrás estavam, empolgadíssimos, saltitantes, os membros B. e F. JUSTAMENTE...TOCANDO COVERS (Russo covers, que por sua vez já são covers). Argghhhhhhhhhh

Péuu péuu péuu péééééu.

Ops!

2 a zero pra eles.

Mas vingarei-me...huahuahua

;)

sábado, 12 de janeiro de 2008

Mortos? Recebem Carinho da População Campineira

Antes de entrarem em férias por 2 semanas, nossos anti-heróis realizaram uma performance-surpresa de graça no centro de "Cumpenis City". A população campineira, acanhada como sempre, apresentou algumas exceções desta vez. Essas adoráveis exceções presentearam os M? enfiando objetos em seus bolsos, tentando agarrar alguns membros, e animando o show voltando no tempo e dançando ao que era o Rock'n'Roll antes de ser fastfoodizado. Os Mortos? agradecem as meninas e meninos que pularam e berraram e dançaram com a gente!

Objetos carinhosamente encontrados no bolso de N. após o show:

* 2 camisinhas
* 1 chaveiro
* R$1,95

"A população realmente está progredindo no que se diz respeito à valorização do artista", proclama N.
"Me lembrou o show de São Paulo", recordou X.
"O loirão apertou a bunda de N. e enfiou a mão no bolso dele e pediu o telefone dele e hahahhah", empolga-se F.
"Antes do show eu tive pi-ri-ri, mas tudo correu bem durante o espetáculo", desabafou R.
Até a volta, planeta terra.
M?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Ô População, é o seguinte...

No início desse novo ano tudo-pode-acontecer-sei-lá-o-quê-etcetra-blá-blá, os Mortos? têm se empenhado muito em atividades de ócio, término de dissertações de mestrado, árdua preparação de sobrevivência ballet-pókemo-psíquica, novas canções, elaborações squizo-lusíadas-afrodisíacas, reposionamento profissional no quartel general da NASA, yoga pré-conjugal e outras divagações existenciais. Eu, pessoalmente, vou sumir do mundo por 2 semanas. Sul da Bahia. Mar verde-esmeralda. Estrelas gigantes no céu. Escapei do poder maligno do Saruman Contemporâneo, não executo mais atividades metalúrgicas e preciso comemorar.

Mas os Mortos? voltarão. Não se preocupem. Em 2 semanas serão colocados no ar vídeos e relatos acumulados desde o natal de 2007. Entre as pérolas, teremos, além dos itens mencionados no post anterior, o tão esperado mini-documentário intitulado "Campinas e os Abomináveis Bonecos de Marshmellow."

Aloha.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Hã? Os "Mortos?" Morreram?

Ainda não.

Logo:

* PUC - Campinas EXPLORA imagens dos Mortos?
* Mortos? fazem show de protesto contra o alto índice de raios ultra-violeta na região de "Cumpenis City".

Atenciosamente,

Mortos?WaterhouseCorporation