sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Acredite se Quiser # 9: Os Blues Brasileiros



Nos primórdios da M?C (Mortos?WaterhouseCorporation), N. e C. moravam juntos na macabra Mansão Mortos?.

Sem ter muito o que fazer da vida, além do trabalho escravo logicamente, ao invés de matar o escasso tempo livre abaixando pra pegar sabonete e outras coisas, nossos queridos anti-heróis empenhavam-se em tocar protótipos das primeiras canções dos Mortos? em portas de colégios e pontos de ônibus. Geralmente se atrasavam para o trabalho, reuniões, e merdas assim.

Numa tarde entediante, N. acelerava seu Buggy em direção à sua escravatura trabalhista diária quando pff pff, acabou o gás. Fodeu. N. desesperou-se, mas peraí, logo lembrou que seu parceiro C. sempre se atrasava uns 15 minutos a mais, e ligou pedindo ajuda. Com um saco de gasolina vazando e lamuriando palavras inintelegíveis, C. partiu ao resgate do amigo.

Chegou. Ok. Os 2 foram colocar a gasolina. Entretanto, inábil na arte da mecânica, C. derramou 90% do combustível em si mesmo. Ok, sobrou 10%. Empurra esse Buggy. Caralho. Pega, pôrra. Os 2 suavam. O Buggy pegou. N. foi-se em desespero. C. partiu para a sua própria escravidão pedagógica, lamuriando as mesmas palavras inintelegíveis.

Nesse momento muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo. Após 4km na rodovia D. Pedro, o Buggy encerra atividades novamente. N. xinga a morte. Quase morre atropelado. Chega um guarda. Pede o documento. ESSE DOCUMENTO ESTÁ VENCIDO. Multa. N. implora. O guarda ri. N. senta na piroca. Nããão.


Enquanto isso, C. entra no carro. Suas calças, ainda empapuçadas com gasolina do posto 4 Andorinhas, exalam sensações interessantes. C. fica embriagado. Chega no trabalho incapaz de conduzir suas atividades diárias. Confessa à chefe: "Foi a gasolina. Cheirei muita gasolina no caminho". Focinho de porco + gasolina contaminada = tomada.

Entre o trabalho escravo, infortúnios inconcebíveis, e instrumentos acústicos, surgiam os Blues Brasileiros.

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